Polícias consideram "de justiça" veto do PR ao aumento dos descontos para subsistema de saúde

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 13 mar (Lusa) -- A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) considerou hoje "de justiça" o veto do Presidente da República ao aumento dos descontos para o Subsistema de Saúde da PSP (SAD), sublinhando que "é um sinal importante".

"Vemos com agrado o veto, mas sobretudo é um sinal de justiça", disse à agência Lusa o presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, adiantando que o atual modelo de funcionamento e descontos para a SAD/PSP é "autossustentável".

Por isso, os polícias tinham "dúvidas se o aumento era única e exclusivamente para SAD/PSP ou se era mais um imposto para os funcionários públicos", afirmou.

O Presidente da República informou hoje que vetou o diploma que altera o valor dos descontos dos funcionários públicos, militares e forças de segurança para os respetivos subsistemas de saúde, ADSE, ADM e SAD.

A devolução do diploma ao Governo sem promulgação, que foi feita a 11 de março, é justificada em nota hoje publicada na página da Presidência da República com o facto de terem existido "sérias dúvidas relativamente à necessidade de "aumentar as contribuições dos 2,5% para 3,5%, para conseguir o objetivo pretendido".

"Numa altura em que se exigem pesados sacrifícios aos trabalhadores do Estado e pensionistas, com reduções nos salários e nas pensões, tem de ser demonstrada a adequação estrita deste aumento ao objetivo de autossustentabilidade dos respetivos sistemas de saúde", pode ler-se.

O presidente do maior sindicato da PSP disse ainda que os polícias já pagam atualmente "um valor considerável" para um sistema de saúde que tem cada vez menos qualidade.

Paulo Rodrigues espera agora que o Governo não encontre outra alternativa para compensar este veto.

CMP (PGF) // SO

Lusa/fim

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