Alunos do básico e secundário protestam hoje na rua contra cortes na educação

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 13 mar (Lusa) -- Alunos de mais de cem escolas manifestam-se hoje, em todo o país, para exigir mais financiamento para a educação, denunciando situações de salas de aulas sobrelotadas e secundárias sem espaço para acolher todos os seus estudantes.

Alunos do ensino básico e secundário marcaram um "Dia Nacional de Luta" para sair à rua e exigir o "direito de estudar numa escola pública, gratuita e de qualidade".

A ideia partiu de duas associações de estudantes (AE), tendo "aderido pelo menos uma centena de escolas", contou à Lusa Miguel Mestre, vice-presidente da AE da Secundária Santa Maria, em Sintra, uma das promotoras da iniciativa.

Numa carta assinada por 94 AE, os alunos prometeram "denunciar todos os ataques feitos ao ensino público pelo Governo PSD/CDS-PP" e as dificuldades por que passam.

"Certos estudantes, que vivem longe da escola, têm de pagar entre 70 a 80 euros pelo passe escolar. Alguns destes alunos tinham apoio social escolar e, por isso, só pagavam metade desse valor, mas agora têm de o pagar na totalidade", exemplificou Miguel Mestre.

O representante da escola de Sintra disse ainda que faltam funcionários e docentes e que há excesso de alunos por turma: "Aqui no Santa Maria, há alunos do secundário que têm de ir ter aulas para uma escola básica, porque não há espaço físico na escola para albergar os 2700 alunos", denunciou, referindo-se a duas turmas da área de Humanidades e duas de Economia.

Os alunos lamentam que existam estabelecimentos degradados e outros que, apesar de terem sido recentemente intervencionados pelo Parque Escolar, já tenham problemas na construção.

O apelo para que os alunos se manifestem nas escolas e nas ruas das suas cidades foi lançado pela Associação de Estudantes da Escola Secundária Santa Maria, em Sintra, mas também pela escola António Sérgio, em Vila Nova de Gaia.

Para os estudantes, os cortes de cerca de 500 milhões de euros no ensino básico e secundário, no Orçamento do Estado para 2014, colocam em causa a qualidade da educação.

SIM (IMA) // MAG

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