Pequim, 13 mar (Lusa) - A sessão anual da Assembleia Nacional Popular chinesa terminou hoje num clima de quase unanimidade em torno da direção política do país, com o relatório do Governo - o principal tema da reunião - aprovado por 99,2% dos votos.

Dos 2.910 delegados presentes no Grande Palácio do Povo, em Pequim, apenas 15 votaram contra o relatório apresentado pelo primeiro-ministro, Li Keqiang, e cinco abstiveram-se.

O Orçamento de Estado e o plano de desenvolvimento económico-social para 2014 foram aprovados por 86% e 94,8% dos votos, respetivamente.

As votações que suscitaram mais votos contra e abstenções envolveram os relatórios do Supremo Tribunal e da Procuradoria-geral: 16,7% e 17,5%, respetivamente.

Constitucionalmente, a Assembleia Nacional Popular é "o supremo órgão do poder de Estado".

Para 2014, o Governo chinês preconizou um crescimento económico de "cerca de 7,5%" e prometeu "declarar guerra à poluição".

No relatório apresentado aos delegados, Li Keqiang prometeu também "ampliar a vitalidade das empresas sob todas as formas de propriedade", "promover firmemente o estabelecimento de pequenos e médios bancos privados" e "orientar o capital privado para investir em instituições financeiras".

Foi a primeira sessão plenária da Assembleia Nacional Popular desde que a nova direção do Partido Comunista Chinês (PCC) reconheceu "o papel decisivo do mercado" no "aprofundamento global das reformas", em novembro passado.

AC // JCS

Lusa/fim