Zoológico de Paris expõe organismo primitivo que não é animal nem planta

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Porto Canal com Lusa

Paris, 17 out 2019 (Lusa) - O mais recente inquilino do Parque Zoológico de Paris é um bolor limoso, um organismo que não tem lugar claro na organização das espécies: nem planta, nem animal, nem cogumelo.

Com o nome científico "Physarum polycephalum", é uma curiosidade biológica composta originalmente por uma célula que é capaz de comportamentos complexos e é comum em bosques ou ambientes húmidos como uma massa amarela, esponjosa e viscosa e é a primeira vez que é exposta num zoológico.

Nas câmaras de cultura do zoológico do Bois de Vincennes, são criados novos exemplares todos os dias a partir da mesma amostra, que tem uma versatilidade que lhe permite sobreviver num estado de dormência quando é secado - até no microondas - e recomeçar quando exposto a humidade.

Graças à corrente que passa pelo seu sistema vascular, move-se a uma velocidade de um a quatro centímetros por hora e apesar de não ter sistema nervoso, é capaz de memorizar, como provam experiências em que o organismo é capaz de "aprender" a crescer evitando pedras de sal colocadas no seu caminho.

A etóloga Audrey Dussutour, do Centro Nacional de Investigação Científica, disse à agência France Presse que podem ser criados bolores "de todos os tamanhos", porque "não há limite conhecido".

Entre os técnicos do zoológico, ganhou o nome de "bolha" - em inglês, "blob" -, com inspiração num filme de ficção científica de 1958 em que uma substância viscosa extraterrestre engolia tudo no seu caminho.

"A nossa missão é também mostrar os mistérios da natureza", disse o presidente do Museu Nacional de História Natural e Parque Zoológico, Bruno David, durante a apresentação à imprensa do organismo primitivo que terá surgido há 500 milhões de anos, antes do reino animal.

APN // JMR

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