China desvaloriza moeda mas valor estabiliza ao longo do dia

| Mundo
Porto Canal com Lusa

Pequim, 08 ago 2019 (Lusa) - A China desvalorizou hoje novamente a sua moeda, mostrando a potencial instrumentalização do yuan na guerra comercial que trava com os Estados Unidos, mas a taxa de câmbio estabilizou, após quedas que alarmaram os mercados financeiros.

O Banco do Povo Chinês (banco central) definiu hoje o valor de abertura do yuan em 7,0039 para o dólar norte-americano -- a primeira vez, desde 2008, que o nível de abertura se fixou de sete yuan para um dólar.

Mas, a meio da tarde, o yuan estava a ser negociado a 7,0435, ligeiramente acima do valor de quarta-feira.

O yuan não é inteiramente convertível, sendo que o seu valor face a um pacote de moedas internacionais pode variar até 2% por dia.

No início da semana, as praças financeiras em todo o mundo registaram fortes perdas depois de Pequim permitir que o yuan caísse para o valor mais baixo em onze anos, em relação ao dólar.

O banco central garantiu às empresas, contudo, que não permitirá mais quedas acentuadas e que a taxa de câmbio se manterá estável.

O Banco Central da China justificou a depreciação do yuan, na segunda-feira, com "medidas unilaterais e protecionismo comercial", bem como "a imposição de aumento de taxas alfandegárias contra a China", numa clara referência ao último episódio da guerra comercial que espoletou entre Pequim e Washington, no verão passado.

Na semana passada, o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou a imposição de novas taxas alfandegárias, de 10%, sobre um total de 300 mil milhões de dólares de bens importados da China, a partir de 01 de setembro.

Um yuan mais fraco significa que os produtos chineses são mais baratos, o que pode ajudar a conter o efeito negativo das novas taxas sobre a competitividade da economia chinesa.

Os governos dos dois países impuseram já taxas alfandegárias sobre centenas de milhares de milhões de bens importados um do outro.

No cerne das disputas está a política de Pequim para o setor tecnológico, que visa transformar as firmas estatais do país em importantes atores globais em setores de alto valor agregado, como inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.

Os EUA consideraram que aquele plano, impulsionado pelo Estado chinês, viola os compromissos da China em abrir o seu mercado, nomeadamente ao forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia e ao atribuir subsídios às empresas domésticas, enquanto as protege da competição externa.

JPI (JMC) // CSJ

Lusa/Fim

+ notícias: Mundo

Filho de emigrantes do Porto premiado por Academia de Medicina da Venezuela

A Academia Nacional de Medicina da Venezuela (AMV) vai distinguir o médico lusodescendente Adérito de Sousa pela publicação de obra “Transformação histórica da medicina venezuelana na transição para o século XX”.

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.