Sindicato dos Funcionários Judiciais diz que a adesão à greve é elevada

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 25 jun 2019 (Lusa) -- O primeiro dia de greve dos funcionários judiciais, que exigem a integração de um suplemento no ordenado, está a verificar uma adesão elevada a nível nacional disse à Lusa o dirigente sindical Fernando Jorge.

"A ideia que temos é a de que há muitos tribunais que podem estar completamente encerrados e outros em que a adesão se situa na casa dos 80 ou 90%. Há da parte dos oficiais de Justiça uma manifestação inequívoca de desagrado relativamente à forma como estão a ser tratados pelos Ministério da Justiça e pelo Governo", disse o presidente do Sindicato dos Funcionários de Justiça.

Hoje cumpre-se o primeiro dia de cinco dias de greve nacional alternada em protesto pela forma como o Governo está a integrar um suplemente de 10% no ordenado dos trabalhadores.

Fernando Jorge, na concentração organizada no Campus Justiça, em Lisboa, apelidou como discriminatória a atitude do Ministério da Justiça porque aplicou aos funcionários judiciais um critério diferente do que aquele que foi aplicado aos magistrados acrescentando que, até ao momento, não houve mais desenvolvimentos a não ser uma convocatória para uma reunião na próxima quinta-feira.

"Ao que julgamos saber é para nos dizerem: 'ou é integrado assim ou não é integrado de maneira nenhuma' e isto é uma desconsideração com a qual não podemos compactuar", afirma frisando que os funcionários judiciais querem ver efetivados os mesmo critérios que foram usados em relação aos juízes e procuradores.

"O Governo ainda vai a tempo de emendar a mão e ter uma atitude de sensatez, de consideração e respeito para com uma classe profissional que dá muito à Justiça. Estamos a falar de um encargo da ordem dos 700 mil euros, nem chega a um milhão, para um universo de seis mil oficiais de Justiça", afirmou.

O dirigente sindical espera que as greves e as concentrações venham "a chamar a atenção do Ministério das Finanças, do primeiro-ministro e do Presidente da República" mas diz estar surpreendido com o Ministério da Justiça por ter adotado "uma atitude discriminatória" em relação a um grupo profissional "que trabalha a altas horas da noite sem ganhar um tostão de horas extraordinárias".

"Se em relação a uns a integração é feita diretamente em 14 meses porque é que para nós a integração é feita apenas dividindo os 11 meses por 14? Isto provoca uma diminuição do vencimento mensal", criticou Fernando Jorge.

A greve nacional em dias alternados vai continuar no próximo dia 28 e depois nos dias 02, 04 e 12 de julho.

O sindicato marcou cinco dias alternados, uma vez que a greve de 24 horas não tem serviços mínimos face aos recentes acórdãos do Tribunal da Relação de Lisboa.

A concentração que decorre hoje em Lisboa conta com a participação de dezenas de trabalhadores e na próxima sexta-feira no Porto.

Presente no protesto esteve o deputado do Bloco de Esquerda, José Manuel Pureza que anunciou que o partido vai apresentar hoje na Assembleia da República um projeto de resolução com recomendações sobre o assunto.

PSP (FC) // SB

Lusa/fim

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