Moreira condena ataque a imigrantes como "crime de ódio inaceitável" e pede extinção do "novo SEF"
João Nogueira
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, pronunciou-se, durante a reunião de executivo desta segunda-feira, contra o ataque a três imigrantes na freguesia do Bonfim, classificando-o como um "crime de ódio" que não pode ser tolerado sob qualquer justificativa. O autarca criticou a inoperância da AIMA e que o organismo "desperdiça dinheiros públicos", apelando à sua extinção e transferência das competência para os municípios.
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O líder municipal portuense ressaltou a importância da ação das autoridades policiais na investigação do crime, destacando o uso efetivo dos dispositivos de videovigilância, investimento municipal feito no último ano.
O autarca destacou a confiança nas autoridades policiais e que as mesma saibam punir os agressores "de forma exemplar".
Além disso, o presidente da Câmara abordou a preocupação com o clima de insegurança na zona do Campo 24 de Agosto e reiterou a necessidade de políticas ativas de integração de imigrantes e combate ao racismo e xenofobia. Nesse sentido, o autarca pede a extinção da Agência para Integração de Migrantes e Asilo (AIMA): "Essa agência nacional, com mais de 80 milhões de euros de orçamento, com 34 balcões e 740 funcionários, afinal o que faz? O que fez neste caso concreto?".
O autarca propôs a extinção do serviço, habilitando os municípios a darem uma resposta, "mas também a reforçar as forças policiais dos recursos de que hoje não dispõem para combater a criminalidade". "Porque é que a Assembleia da República não investiga esta agência nacional, que continua morta perante o aparente descontrolo dos fluxos migratórios?", enfatizou ainda Moreira.