PSD estranha que PS proponha agora inquérito sobre submarinos e remete decisão para mais tarde

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 22 fev (Lusa) - O líder parlamentar do PSD manifestou hoje estranheza por o PS propor agora um inquérito parlamentar à compra de submarinos e de blindados Pandur, escusando-se a avançar como é que os sociais-democratas votarão essa proposta.

Questionado pela agência Lusa sobre como é que o PSD votará a proposta de comissão de inquérito do PS, Luís Montenegro remeteu essa questão para mais tarde: "Vamos aguardar no parlamento, não vamos falar disso hoje".

Antes, em declarações à comunicação social, no Coliseu dos Recreios de Lisboa, onde decorre o XXXV Congresso Nacional do PSD, o presidente da bancada social-democrata considerou que "parece um pouco estranho que seja no dia de hoje e nesta ocasião que se suscite esta matéria", assinalando que "nunca tinha havido intenção declarada até ao momento por parte do PS" à compra de submarinos e de viaturas blindadas Pandur.

Segundo Luís Montenegro, "todos os portugueses percebem que há aqui alguma estranheza pela circunstância de este assunto nunca ter sido trazido para o debate político até ao dia de hoje, e por ter-se escolhido o dia de hoje para fazer este anúncio".

"Mas não quero sequer valorizar isso. É um direito do PS apresentar ideias, apresentar as suas prioridades para o debate político e para os trabalhos parlamentares. E nós no parlamento não deixaremos de analisar os fundamentos", acrescentou.

Interrogado se no entender do PSD há dúvidas por esclarecer sobre a compra de submarinos e de blindados Pandur, Luís Montenegro declarou: "Vamos aguardar. O local próprio é o parlamento".

"Nós durante a semana aguardaremos no parlamento pela concretização desta proposta com a naturalidade com que encaramos todas as demais", disse. "Aguardaremos para, no local próprio, que é o parlamento, podermos compreender os fundamentos, as razões que motivam o PS, e depois tomarmos a nossa posição", reforçou.

O líder parlamentar do PSD referiu que "o PS tem toda a legitimidade e todo o direito político de definir a sua agenda e de escolher os momentos que entende mais oportunos para apresentar as suas ideias", mas acentuou o "momento" escolhido para anunciar esta proposta de inquérito.

"Ainda recentemente foi criada uma comissão de inquérito a propósito da subconcessão dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, que foi motivada através de um requerimento potestativo dos partidos da oposição, e com a assinatura de vários deputados do PS. Mas, porventura, há quinze dias este assunto não seria tão importante para o PS como é hoje", observou.

IEL // SMA

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