FNE afirma que Colégio arbitral dá vitória a sindicatos

FNE afirma que Colégio arbitral dá vitória a sindicatos
| Política
Porto Canal

O secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE) afirmou hoje que a não fixação de serviços mínimos para a greve dos professores "é uma vitória sindical" e insistiu que não há margem legal para uma requisição civil.

"Tínhamos razão quando dizíamos que a marcação de serviços mínimos em educação não tinha suficiente consistência, e o colégio arbitral veio confirmá-lo, no caso concreto desta greve do dia 17 de junho", disse à Lusa João Dias da Silva, depois de ter sido conhecido o acórdão do colégio arbitral que decidiu não haver justificação para que os serviços mínimos sejam decretados.

A greve dos professores coincide com o primeiro dia de exames nacionais do ensino secundário, essenciais para a avaliação dos alunos e, por isso mesmo, para a sua candidatura ao ensino superior.

Dias da Silva aconselhou o Ministério da Educação e Ciência (MEC) a acatar a sugestão do colégio arbitral no sentido de remarcar os exames de 17 de junho -- Português e Latim -- para 20 de junho, e sublinhou que esta sugestão dá razão à FNE quando defendeu perante o colégio que "uma greve marcada para um único dia de exames tinha vários mecanismos de superação das dificuldades".

"O que me parece mais significativo é que se confirma que em educação não é linear a marcação de serviços mínimos", frisou o secretário-geral da FNE, acrescentando que, do ponto de vista da federação sindical, esta decisão afasta qualquer possibilidade de recurso a uma requisição civil.

"Não há condições legais para a requisição civil quando não há estabelecimento de serviços mínimos. A nossa interpretação da lei é a de que só há lugar à requisição civil quando os serviços mínimos não estão a ser cumpridos", explicou.

Os professores estão em greve às avaliações até dia 21 de junho. Pelo meio, têm um dia de paralisação, na próxima segunda-feira, que coincide com o primeiro dia de exames nacionais do ensino secundário, estando marcadas a provsa nacionais de português A e B e latim.

Os sindicatos dos professores contestam a aplicação do regime de mobilidade especial aos professores por temerem o despedimento e o aumento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais.

O presidente da República e o primeiro-ministro já apelaram aos sindicatos e aos professores para que fizessem coincidir o seu protesto com a greve geral convocada pela GCTP e UGT marcada para dia 27 deste mês.

+ notícias: Política

Governo diz que há “muito que corrigir na política de migrações"

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse este sábado que Portugal tem “muito que corrigir na política de migrações” e que o Governo quer desenvolver um sistema de acolhimento e de integração “que seja humano e que funcione”.

Secretário-geral do PS manifesta "muita preocupação" com posição de Aguiar-Branco

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, manifestou este sábado “muita preocupação” com a posição assumida pelo presidente da Assembleia da República (AR), José Aguiar-Branco (PSD), quanto ao que considera ser “um discurso xenófobo” do líder do Chega.

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.