Problema na cobertura originou infiltrações na Casa das Artes de Miranda do Corvo

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Porto Canal / Agências

Miranda do Corvo, 12 fev (Lusa) - A construtora da Casa das Artes de Miranda do Corvo, inaugurada em agosto de 2013, disse hoje à agência Lusa que existe um problema na cobertura do edifício que motivou as infiltrações de água verificadas no seu interior.

O município de Miranda do Corvo anunciou na terça-feira à noite o cancelamento dos próximos espetáculos, devido a infiltrações de água no edifício.

A Câmara "viu-se obrigada a encerrar a Casa das Artes e a cancelar os espetáculos agendados, devido à falta de condições mínimas de salubridade e conforto", explicou um comunicado da autarquia.

"Durante os últimos dias, observou-se a entrada generalizada de águas pluviais junto ao fosso de orquestra, assim como no 'foyer', paredes e vãos de acesso exteriores, que impede o funcionamento normal da sala de espetáculos", referia a nota.

O município informou ainda que notificou a empresa responsável pela construção "para proceder a todas as reparações no mais breve espaço de tempo possível".

"Existe um problema na cobertura, que pode acontecer em coberturas desta dimensão, mas a situação tem de ser avaliada para ver o que aconteceu", disse à agência Lusa Jorge Farinha, técnico da empresa construtora responsável pela obra.

Segundo o responsável, "a reparação terá de ser efetuada com índices de humidade baixas para aplicar um material líquido que vai selar a cobertura".

"Neste momento não existem condições para isso, mas para a semana poderemos intervir se o tempo melhorar e existirem índices baixos de humidade", salientou Jorge Farinha.

Inaugurada em agosto último, a Casa das Artes de Miranda do Corvo representou um investimento superior a 2,66 milhões de euros, tendo sido financiada em 85% pelo Operacional Regional do Centro 2007-2013 (fundos comunitários), através da medida "Equipamentos para a Coesão".

O edifício de 1.435 metros quadrados comporta uma sala de espetáculos com capacidade para 266 pessoas (dos quais quatro para pessoas com mobilidade condicionada), além de sala multimédia, espaço para exposições, uma cafetaria e duas lojas que vão servir de museu temporário.

AMV // SSS

Lusa/fim

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