Empresas e autarquias cada vez mais sensíveis a formação sobre assédio

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Porto Canal com Lusa

Coimbra, 12 dez (Lusa) - As empresas e as autarquias estão cada vez mais sensíveis a ações de formação sobre assédio laboral e sexual em contexto de trabalho, afirmou hoje a coordenadora da formação da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV).

"Neste momento, a preocupação [com as questões de assédio] é mais transversal. Temos autarquias, assim como empresas, a pedir ações de formação" nesta área, disse a coordenadora da formação da APAV, Maria de Oliveira, que falava aos jornalistas após a inauguração do novo centro de formação da associação, em Coimbra.

Segundo a responsável, "as empresas estão cada vez mais sensíveis" para esta temática e pedem à APAV para se deslocar às suas instalações para falarem do tema, por forma a prevenir situações de assédio.

Questionada se este aumento de interesse está também relacionado com o movimento #MeToo (que trouxe para a praça pública denúncias de assédio e violência sexual contra mulheres), Maria de Oliveira afirmou que a consciencialização para esta problemática não está apenas associada a esse movimento, notando também uma maior preocupação dos sindicatos para as questões do assédio.

Como desafios na área da formação, a coordenadora da formação da APAV elegeu a necessidade de se trabalhar as formas de violência geradas no meio digital, considerando que há uma preocupação em alertar "para a segurança nas redes sociais".

O assédio e o 'bullying' na internet são alguns dos temas mais solicitados pelas escolas para ações de sensibilização, assim como a violência doméstica e a violência no namoro, notou.

Com a inauguração do centro de formação em Coimbra que vai servir toda a região Centro, a APAV passa a contar com cinco centros em todo o território nacional.

De acordo com os dados da associação, desde 2002 que a APAV realizou 1.475 formações internas e externas, envolvendo 12 mil horas de formação e cerca de 37 mil formandos.

JYGA // SSS

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