Humorista francês volta a fazer gesto antissemita em espetáculo na Suíça

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Porto Canal / Agências

Nyon, Suíça, 03 fev (Lusa) - O humorista francês que se destacou pelos gestos e piadas antissemitas executou hoje a polémica "quenelle", durante o espetáculo em Nyon (Suíça), depois de referir "todas as pessoas que atacam Dieudonné", incluindo a "rainha de Inglaterra".

Dieudonné M'bala M'bala foi proibido de entrar em território britânico, uma medida muito rara. A "quenelle" - um braço esticado em direção ao chão, e o outro braço cruzado a tocar o ombro do -, apresentado pelos defensores do humorista como "um gesto antissistema", é considerado por muitos como uma saudação nazi invertida ou um gesto antissemita.

"Desde há um ano, passaram-se coisas. Ainda hoje... o que é que eu fiz? Não sei", disse Dieudonné, no início do espetáculo na sala, a abarrotar, do teatro de Nyon, perto de Genebra, de acordo com uma jornalista da agência noticiosa francesa AFP.

A medida administrativa das autoridades britânicas foi decidida depois de o humorista, no centro de uma enorme polémica em França e acusado repetidamente de antissemitismo e ofensas raciais, ter apoiado o futebolista Nicolas Anelka, que durante um jogo fez o mesmo gesto.

De acordo com o diário Daily Mail, Dieudonné ia realizar uma conferência de imprensa de apoio a Nicolas Anelka no Reino Unido.

À AFP, um dos advogados de Dieudonné, Jacques Verdier, garantiu não saber se o cliente tinha a intenção de viajar para Londres para apoiar o futebolista.

Para Verdier, o anúncio do Governo britânico traduz "uma crispação inglesa ligada à 'quenelle' de Anelka".

O espetáculo de Dieudonné "Asu Zoa", atualmente em digressão, contou com a presença de oficiais de justiça e dois agentes de segurança colocados em cada lado do palco em Nyon.

"Asu Zoa" é apresentado como um novo espetáculo desde da proibição, em várias cidades francesas, do "Le Mur" devido ao tom antissemita.

Dieudonné apresentou duas sessões, numa sala de 460 lugares, completa. Alguns bilhetes foram revendidos no 'mercado negro' a 400 euros, ou seja, por dez vezes o preço original. O humorista prevê realizar dez espetáculos em Nyon.

EJ // HB

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