Autarca de Vila Nova de Famalicão critica "desinvestimento" na região norte
Porto Canal / Agências
Famalicão, 03 fev (Lusa) - O presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, criticou hoje o "desinvestimento" público na região norte e sublinhou a necessidade de "inverter" aquela tendência na afetação das verbas do quadro comunitário 2014-2020.
"O investimento 'per capita' nesta região é antagónico àquele que é o contributo 'per capita' para o PIB [Produto Interno Bruto] do país. Aqui contribuiu-se muito mais do que o que se recebe e nós temos de inverter esta tendência", disse Paulo Cunha, também presidente do Conselho Regional do Norte.
Para o autarca, aquela inversão deverá passar pela inclusão da construção da variante à EN-14 entre Famalicão e Maia nas obras a apoiar pelos fundos comunitários.
"Se no passado houve um desinvestimento na região norte, esta obra pode sinalizar um claro aumento de investimento na região norte", referiu.
Paulo Cunha, que falava durante a visita a uma carpintaria do concelho, integrada no roteiro "Made in Famalicão", sublinhou que aquela variante será "um investimento potenciador de uma enorme capacidade de desenvolvimento da região".
Lembrou que a obra beneficiará seis concelhos com importantes zonas industriais e funcionará como "uma alavanca para o crescimento de empresas", tendo assim um "elevado retorno económico-financeiro".
Atualmente, aquela região é servida pela EN-14, que se apresenta "completamente saturada".
Segundo o autarca, a variante surge em sexto lugar num estudo encomendado pelo Governo que elenca as obras prioritárias a apoiar no próximo quadro comunitário.
A nível da região norte, só é superada pela conclusão do túnel do Marão.
"A melhor coisa que o país pode fazer a si próprio é fazer esta obra [variante à EN-14]", referiu Paulo Cunha, para quem a prioridade dada a este investimento é "um prémio" às empresas da região, pela sua capacidade de gerarem riqueza.
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