Acordo entre Pyongyang e Seul pretende reduzir tensões militares na fronteira

| Mundo
Porto Canal com Lusa

Seul, 19 set (Lusa) -- A Coreia do Norte e a Coreia do Sul assinaram hoje em Pyongyang um acordo militar que reduz a possibilidade de "choques entre os respetivos exércitos" na zona de fronteira entre os dois países.

O ministro interino da Defesa sul-coreano, Song Young-moo, e o homólogo da Coreia do Norte, No Kwang-chol, assinaram o acordo no quadro da cimeira que reuniu os líderes dos dois Estados e que se prolonga até quinta-feira em Pyongyang.

De acordo com o documento, os dois países vão suspender - a partir do dia 01 de novembro - as respetivas manobras junto à fronteira terrestre e eliminar 11 postos militares de fronteira até ao final do ano.

As duas Coreias vão estabelecer também uma zona de restrição aérea junto à linha de divisão e uma determinar uma zona junto à fronteira marítima em que vão ser proibidas manobras navais.

O mesmo documento refere que o acordo assinado hoje prevê o alívio da tensão militar entre os dois países, que permanecem em guerra desde 1950.

Antes da visita a Pyongyang, o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, defendeu que a implementação das novas medidas sobre a diminuição da atividade militar na fronteira é "um grande passo" para o estabelecimento da paz na península, além de promover a melhoria das ligações entre os dois países.

Segundo o chefe de Estado da Coreia do Sul, o acordo militar de fronteira favorece também o diálogo da Coreia do Norte com a administração norte-americana sobre a desnuclearização.

Na declaração conjunta assinada hoje por Moon e pelo líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, Pyongyang compromete-se a tomar medidas para o encerramento da central norte-coreano de Yongbyon, considerada como o "epicentro" do programa nuclear, tal como ficou decidido na Cimeira de Singapura.

A declaração conjunta assinada hoje em Pyongyang prevê também aumentar as trocas transfronteiriças no sentido do desenvolvimento económico comum e, em concreto, vai empreender ligações ferroviárias e rodoviárias antes do final do ano.

Por último, foi decidido promover reuniões de famílias separadas pela guerra (1950-1953), através de ligações vídeo e a abertura de um gabinete na cidade fronteiriça norte-coreana para que os civis dos dois países possam localizar familiares.

PSP // JPS

Lusa/fim

+ notícias: Mundo

Instituições europeias abrem portas para mobilização para eleições e celebração do Dia da Europa

As instituições da União Europeia estão a abrir as portas ao público em Bruxelas e outras cidades, com exposições e visitas especiais, para mostrar o trabalho da última legislatura e mobilizar a participação nas eleições de junho.

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.