CDS-PP diz que PS passou da tese da “espiral recessiva” a uma “espiral depressiva”
Porto Canal
O líder parlamentar do CDS-PP acusou hoje o PS de ter passado da tese da espiral recessiva para uma "espiral depressiva", sustentando que os indicadores económicos e previsões positivos não são fruto de qualquer "conspiração internacional".
"A oposição parece que lamenta, eu diria até que há uma certa oposição, nomeadamente do maior partido da oposição, que passou da tese da espiral recessiva para uma espécie de espiral depressiva, com estes números. Isso não é entendível para a maioria dos portugueses. São números do Eurostat, do BCE, da Comissão Europeia, do INE, da UTAO, da Moody's, da Standard & Poor's, da Ernest & Young, do Financial Times, não são números do governo, não são números da maioria", acusou Nuno Magalhães.
O líder parlamentar do CDS falava no debate quinzenal com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, no parlamento.
"Parece que há uma conspiração internacional, que vai desde agências de notação, a órgãos comunitários, até à imprensa internacional, claro está, contra a oposição", afirmou.
Nuno Magalhães começou por se referir, numa primeira leitura, aos números do desemprego revelados pelo Eurostat, sublinhando que "houve uma redução da taxa do desemprego, registando-se pelo décimo mês consecutivo, quinto homólogo, essa mesma redução, para 15,4%".
"Muito longe dos 17,7%, e, portanto, muito longe do desemprego galopante que ouvíamos aqui a oposição referir. Segundo o Eurostat, não o CDS, há, no espaço de um mês há menos 109 mil pessoas desempregadas no nosso país, e que esta variação homóloga, de 2013/201é a maior variação desde janeiro de 1984", declarou.
"Mesmo no desemprego jovem há um ligeiro decréscimo, gostaríamos todos que fosse mais acelerado, mas há um ligeiro decréscimo do desemprego jovem", frisou igualmente.
Nuno Magalhães referiu-se ainda à reunião do Eurogrupo e do Ecofin, considerando que "ficaram claras duas coisas".
"A decisão da saída do programa português, para a qual faltam quatro meses, será feita no momento próprio. Segundo, e ao contrário das previsões mais pessimistas, será Portugal a decidir a forma e quando sairá", declarou.
"Isso é muito importante, porque revela confiança na nossa capacidade de decisão e de voltarmos a ser autónomos, autonomia que perdemos quando assinamos o memorando de entendimento",acrescentou.