Incêndios: Ordem dos Engenheiros solidariza-se e mostra-se disponível para ajudar
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 08 ago (Lusa) -- A Ordem dos Engenheiros solidarizou-se com os cidadãos e municípios afetados pelo incêndio que lavra desde sexta-feira em Monchique e disponibiliza-se para ajudar, à semelhança do que aconteceu há um ano, com o fogo de Pedrógão Grande.
Numa nota enviada às redações, a Ordem recorda a ajuda disponibilizada aquando dos incêndios em Pedrógão Grande, no ano passado, e a criação da bolsa técnica solidária, à qual aderiram mais de 470 engenheiros, que nunca foram solicitados.
"Recorde-se que, em junho de 2017, foi criada uma Bolsa Técnica Solidária, à qual aderiram de imediato 474 engenheiros voluntários, dispostos a colocar os seus conhecimentos técnicos ao serviço das entidades públicas e dos cidadãos, e que nunca foram chamados a participar em qualquer ação de recuperação ou prevenção", sublinha a Ordem dos Engenheiros.
No mesmo comunicado, a Ordem considera que o papel dos engenheiros "é crucial na prevenção e no estabelecimento de medidas de ordenamento florestal e do território", pois "minimizam as consequências destes acontecimentos".
Os engenheiros alertam ainda para a necessidade de uma intervenção "constante e planeada, efetivada por técnicos de que o país dispõe".
"Os engenheiros florestais e os engenheiros agrónomos, entre outros, são os profissionais mais capacitados a desenvolver e implementar aquelas medidas que permitirão ao país enfrentar devidamente este flagelo e, nesse enquadramento, o seu papel não pode nem deve ser ignorado", frisam.
A ordem defende ainda que cada vez mais se torna evidente a necessidade das áreas de atividade e das oportunidades profissionais destes técnicos passarem a ser olhadas "de forma diferente".
O incêndio que lavra desde sexta-feira em Monchique afeta também os concelhos de Silves e Portimão, igualmente no distrito de Faro. Há 30 feridos, um deles em estado grave.
As chamas obrigaram já a evacuar diversos aglomerados populacionais e uma unidade hoteleira.
Segundo os dados disponíveis no 'site' da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) pelas 07:00, as chamas estavam a ser combatidas por mais 1.276 homens, 381 viaturas e um meio aéreo.
SO // SB
Lusa/fim