Metro Mondego entre 15 projetos ferroviários escolhidos por grupo de trabalho

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Porto Canal / Agências

Coimbra, 28 jan (Lusa) - O recomeço das obras do metro do Mondego figura entre os 15 projetos de natureza ferroviária mais valorizados pelo grupo de trabalho para as infraestruturas de elevado valor, segundo o relatório a que a Lusa teve hoje acesso.

Previsto para a cidade de Coimbra e Ramal da Lousã, o metro surge em 15.º lugar, com um primeiro investimento previsível de 160 milhões de euros, numa lista de 30 projetos de mobilidade ferroviária "elegíveis para incentivos comunitários" e selecionados pelo grupo de trabalho criado pelo Governo.

O prazo apontado para a sua concretização é o período de 2016 a 2020.

Trata-se de um conjunto de projetos que "apresentam potencial para obtenção de uma taxa de comparticipação maior ou igual a 80 %", segundo o relatório entregue na segunda-feira ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

A inclusão do metro do Mondego na lista dos projetos de natureza ferroviária que o grupo de trabalho considerou prioritários para o período 2014-2020 foi confirmada hoje à tarde à Lusa pelo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro (CCDRC).

"Não há dúvida nenhuma", disse Pedro Saraiva, congratulando-se com o que considerou "uma boa notícia" para a Região Centro.

O grupo de trabalho, presidido por José Eduardo Carvalho, afirma que o projeto inclui "a criação de um serviço ferroviário entre Serpins (Lousã) e Coimbra B", o que corresponde à primeira fase do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), cujas obras estão paradas, após terem sido iniciadas, em 2009, pelo último Governo de José Sócrates, sem recurso a fundos comunitários.

A reposição daquele serviço ferroviário, que nos últimos quatro anos foi substituído por autocarros, será concretizada "através da modernização da infraestrutura do Ramal da Lousã, com criação de novas estações/interfaces", estando também prevista a construção de "variantes na zona urbana de Coimbra, de modo a aproximar o serviço da população e dos polos geradores de tráfego".

Pedro Saraiva realçou que o metro "é um projeto integrado que pode ser executado faseadamente no tempo", havendo um "consenso alargado" quanto a esta solução.

Na lista de projetos ferroviários selecionados, "só há dois com vocação específica de mobilidade urbana sustentável", que são o metro do Mondego e a Linha de Cascais, salientou o presidente da Comissão de Coordenação do Centro.

"A realização deste projeto apresenta um potencial elevado de captação de tráfego de passageiros, sendo de destacar ao nível da dimensão de intermodalidade a melhoria de ligações consideradas insuficientes a núcleos urbanos densos, interfaces e equipamentos públicos, serviços e indústria localizados ao longo deste eixo ferroviário", destaca o grupo de trabalho.

As "principais premissas" da concretização do projeto, em termos de sustentabilidade financeira e operacional, são o "potencial de cofinanciamento comunitário de 80 %" e o "potencial limitado de captação de fontes externas" de 'funding' (conversão de débitos de curto prazo em débitos de longo prazo).

"Este projeto visa promover a mobilidade nos concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã e garantir a intramodalidade através da ligação à Linha do Norte e a intermodalidade com os restantes modos de transporte, visando uma repartição modal favorável para o transporte público, em particular o ferroviário, e a melhoria da qualidade de vida das populações e dos espaços urbanos", adianta o relatório.

O desenvolvimento do projeto "pressupõe a aquisição de material circulante para metro ligeiro de superfície", refere ainda.

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