Wall Street fecha em baixa hesitante entre declarações de Trump e bons resultados

| Mundo
Porto Canal com Lusa

Nova Iorque, 20 jul (Lusa) -- Wall Street encerrou hoje em baixa, após uma sessão hesitante entre a perturbação provocada pelos comentários de Trump sobre a guerra comercial e o banco central norte-americano e, por outro lado, resultados empresariais melhores do que esperado.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average cedeu 0,03%, para os 25.058,12 pontos, o tecnológico Nasdaq recuou 0,07%, para as 7.820,20 unidades, e o alargado S&P500 desvalorizou 0,09%, para as 2.801,83.

No conjunto da semana, o Dow Jones subiu 0,15%, caiu 0,07% e o S&P500 avançou 0,02%.

A sessão de hoje foi marcada pelos comentários de Donald Trump que, em uma entrevista e várias mensagens divulgadas na rede social Twitter, ameaçou instaurar mais taxas alfandegárias, com caráter punitivo, sobre a totalidade das importações chinesas nos EUA, acuou a União Europeia e a China de manipularem as respetivas moedas e criticou a decisão do banco central norte-americano [Reserva Federal (Fed)] de subir as taxas de juro.

"O problema não é necessariamente tanto o que ele diz, mas o que sugere sobre o seu desconhecimento da economia", sublinhou Gregori Volokhine, da Meeschaert Financial Services.

"O mandato da Fed, por exemplo, é o pleno emprego e a estabilidade dos preços e não necessita que o presidente (Trump) a oriente. Pelo contrário, quanto mais for criticada, mais pode ser tentada a tomar decisões contrárias às recomendações do presidente, para não ser acusada de ter sofrido pressões políticas", disse.

Referindo-se aos problemas que rodeiam as tensões comerciais entre Washington e os seus principais parceiros, Quincy Krosby, da Prudential Financial, considerou que "evidentemente ganharam importância nos últimos tempos, incluindo esta sexta-feira".

A principal questão "para os investidores, tal como para a Fed, é saber se (aqueles problemas) vão impedir as empresas de crescerem, de investirem, de contratarem, e se vão pesar sobre os indicadores económicos", estimou.

Por exemplo, ameaçar impor taxas alfandegárias sobre todas as importações chinesas "pode, ao mesmo tempo, destruir empregos, provocar inflação e desencadear uma recessão", especificou Volokhine.

A reação dos investidores, já habituados às afirmações controversas de Trump, permaneceu contudo limitada, graças em particular a resultados trimestrais das empresas que têm saído acima das expectativas.

"De forma geral, os números são bons desde o início da época dos resultados e, em particular, as previsões são otimistas", realçou a analista da Prudential Financial.

RN // JPF

Lusa/Fim

+ notícias: Mundo

Sobe para 67 número de mortos nas inundações no Brasil

As autoridades brasileiras atualizaram para 67 o número de vítimas mortais das inundações no sul do Brasil, enquanto 101 pessoas continuam desaparecidas.

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.