Empregada indonésia foi agredida por antiga patroa com tubo de aspirador

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Porto Canal / Agências

Hong Kong, China, 23 jan (Lusa) - A antiga patroa da empregada indonésia Erwiana Sulistyaningsih, trabalhadora em Hong Kong, agrediu-a com um tubo de aspirador, com uma esfregona, cabides e réguas, devido ao seu fraco desempenho no trabalho, referiu o tribunal.

Law Wan-tung, 44 anos, também empurrou a sua empregada doméstica, nomeadamente com a cabeça, contra uma parede, e ameaçou matar os seus pais caso a funcionária não obedecesse às suas ordens, assinalou a acusação.

A Procuradora Catherine Ko Po-chui divulgou alguns detalhes da acusação que decorre no tribunal de Kwun Tong e que tem como magistrado principal Ernest Lin Kam-hung.

Law Wan-tung, representada pelo advogado Patrick Wong Heung-yung, é acusada de agressão grave com intenção, danos corporais por agressão ocasional, agressão comum e tem ainda contra si quatro acusações de intimidação contra três antigas empregadas domésticas.

As alegadas vítimas são todas de nacionalidade indonésia.

A Procuradora afirmou que Erwiana Sulistyaningsih sofreu múltiplos ferimentos que terão, alegadamente, sido perpetrados na residência da antiga patroa entre julho de 2013 e janeiro deste ano.

Três outras acusações envolvem Law Wan-tung sobre uma segunda empregada doméstica, identificada como Tutik Lestari Ningish, a quem também foram cometidos maus-tratos.

Law Wan-tung foi libertada sob caunção - meio milhão de dólares de Hong Kong (50.000 euros) pagos em dinheiro e idêntica quantia paga sob fiança -, não pode deixar Hong Kong nem contactar com testemunhas de acusação e está obrigada a apresentações diárias na esquadra de Tseung Kwan O.

O magistrado principal Ernest Lin Kam-hung é citado pela imprensa de Hong Kong como tendo dito que o caso poderá ser transferido para um tribunal superior dada a sua complexidade e gravidade.

Tanto Law Wan-tung, que foi intercetada pelos serviços de Migração de Hong Kong na segunda-feira quando tentava abandonar Hong Kong para a Tailândia, como o marido não falaram aos jornalistas e abandonaram o tribunal de cara tapada.

As autoridades de Hong Kong enviaram entretanto para a Indonésia uma equipa de investigação para investigar o caso, dado que as empregadas domésticas estão já naquele país asiático.

O caso da funcionária indonésia chocou Hong Kong pela violência manifestada e está a agitar a região administrativa especial, nomeadamente pelos direitos das empregadas domésticas e pela forma como são tratadas em casa dos patrões.

JCS // PNE.

Lusa/fim

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