Viseu terá polo arqueológico municipal em 2019

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Porto Canal com Lusa

Viseu, 18 abr (Lusa) -- O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, anunciou hoje que a cidade terá, no próximo ano, um polo arqueológico municipal, depois de este mês já ter sido instalado um depósito temporário na Casa do Miradouro.

O município aproveitou a comemoração do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios para dar a garantia de que a Casa do Miradouro acolherá o polo arqueológico de Viseu, no qual funcionará uma reserva arqueológica municipal.

"Este centro arqueológico deverá estar organizado, regulamentado e reconhecido até ao final de março de 2019. Restituiremos também a Casa do Miradouro à sua vocação histórica, destinando-a integralmente para fins culturais", explicou Almeida Henriques.

O município comunicou hoje a sua intenção à Direção-Geral do Património Cultural, na sequência de um diálogo que tem ocorrido entre as duas instituições desde o último trimestre de 2017.

O vereador da Cultura e Património, Jorge Sobrado, considerou que o polo arqueológico "é um desafio irresistível numa cidade histórica tão relevante como Viseu" e que "terá funções estruturantes na política patrimonial da cidade".

"O centro terá por principais objetivos reunir os valores arqueológicos do concelho que se encontram atualmente muito dispersos e promover a sua salvaguarda, gestão, investigação e valorização pública, nomeadamente na oferta cultural e turística", referiu.

Segundo Jorge Sobrado, este espaço terá cinco vocações principais, um dos quais um núcleo museológico, onde ficará residente a Coleção Arqueológica José Coelho.

A reserva arqueológica municipal (com tarefas de conservação, inventário e disponibilização de espólios), um centro de documentação e biblioteca especializada, um gabinete de apoio à investigação e um serviço educativo patrimonial são as outras vertentes.

Almeida Henriques explicou que, no último mês, foi organizado "um depósito arqueológico temporário, autorizado pelo Ministério da Cultura, que permitiu receber, em março, 94 contentores de material arqueológico, resultante de investigações realizadas desde o final dos anos 1980 até à primeira década deste século".

Para Jorge Sobrado, isto "é, por si só, uma conquista importante", uma vez que, a partir deste momento, "o município adquire experiência prática de gestão de património arqueológico".

No conjunto de material recebido no depósito da Coleção Arqueológica José Coelho estão achados resultantes de intervenções arqueológicas no concelho de Viseu das épocas pré-romana (Idade do Ferro), romana, medieval e moderna.

Consta neste conjunto o espólio das intervenções promovidas por João Inês Vaz a partir dos finais dos anos 1980, nomeadamente nas escavações no centro histórico e no Castro de Santa Luzia. Parte deste material será estudado nos próximos meses por uma investigadora da Universidade Nova de Lisboa.

Almeida Henriques avançou ainda que, durante este mês, o município vai adquirir um espólio particular do arqueólogo José Coelho que entretanto foi descoberto.

Nesse acervo, encontram-se quatro publicações inéditas do "arqueólogo-fundador" de Viseu, três cadernos de notas arqueológicas não conhecidos, desenhos técnicos originais do autor, manuscritos do século XVIII e muita correspondência e documentação.

O espólio encontra-se a ser inventariado e estudado na Coleção Arqueológica José Coelho.

AMF // SSS

Lusa/fim

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