China insta Estados Unidos a corrigirem erro em relação a Taiwan

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Porto Canal com Lusa

Pequim, 18 mar (Lusa) -- A China instou os Estados Unidos da América a "corrigirem o seu erro" sobre Taiwan, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter aprovado uma lei para reforçar os laços com a ilha.

O "Taiwan Travel Act", aprovado na Câmara dos Representantes e no Senado, encoraja os altos representantes norte-americanos a viajar para Taiwan para encontros com os seus homólogos, assim como o inverso.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lu Kang, declarou que a lei "viola gravemente" o princípio de uma só China e envia um "muito mau sinal às forças separatistas pró-independência de Taiwan".

"A China opõe-se fortemente a isto", afirma o porta-voz num comunicado distribuído no sábado e citado pela France Press.

No mesmo comunicado, Pequim pede a Washington que "corrija o erro e termine prosseguir qualquer ligação oficial com Taiwan ou de reforçar, de forma substancial, as suas relações atuais com Taiwan".

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.

No entanto, Pequim considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana.

No passado dia 05, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, advertiu Taiwan de que Pequim não vai tolerar qualquer fantasia independentista, numa altura de renovadas tensões devido à maior aproximação de Taipei a Washington.

"Não será tolerada qualquer atividade relacionada com a independência de Taiwan", afirmou Li, na apresentação do relatório do Governo aos cerca de 3.000 delegados da Assembleia Nacional Popular (ANP), o órgão legislativo máximo da China.

A advertência de Li Keqiang surgiu uma semana depois da aprovação da lei nos Estados Unidos que permite com Taiwan visitas mútuas de funcionários de alto nível.

Esta votação aconteceu no mesmo dia em que independentistas taiwaneses lançaram uma campanha para a celebração de um referendo sobre a independência da ilha, em abril de 2019.

Desde o XIX Congresso do Partido Comunista Chinês, que decorreu em outubro passado, que as incursões de aviões militares chineses no espaço aéreo taiwanês se intensificaram, levando analistas a considerarem como cada vez mais provável que a China invada Taiwan.

SR (JPI) // SR

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