Defesa de Pedro Dias diz que 25 anos de pena era "expectável"

| País
Porto Canal com Lusa

Guarda, 08 mar (Lusa) - Os advogados de defesa de Pedro Dias, que foi hoje condenado à pena máxima de 25 anos de prisão, consideraram o cúmulo jurídico definido pelo Tribunal da Guarda como "expectável" e referiram que deverão apresentar recurso.

"Era o cúmulo jurídico expectável, atendendo aos crimes que estavam imputados ao arguido", reagiu a advogada Mónica Quintela, que falava aos jornalistas após a leitura de sentença de Pedro Dias, condenado hoje pelo Tribunal da Guarda à pena máxima de 25 anos de prisão, por vários crimes cometidos em Aguiar da Beira, a 11 de outubro de 2016, entre os quais três homicídios consumados.

Apesar da condenação com a pena máxima, Mónica Quintela congratulou-se com o facto de o coletivo ter acolhido "alguma da posição da defesa, relativamente à alteração da qualificação jurídica de alguns factos".

Sobre a possibilidade de recorrer, a advogada de defesa deixou em aberto se interpõe recurso ou não.

No entanto, "em princípio" irá recorrer, admitiu.

"Por aquilo que nos foi dado e numa perspetiva de primeiro impacto não concordámos com algumas das qualificações. Vamos analisar o acórdão e depois iremos agir em conformidade", disse.

A advogada frisou que "tudo leva a crer" que irão interpor recurso, mas não o poderão fazer antes de ler e analisar o acórdão.

Mónica Quintela afirmou que neste julgamento coletivo não se conseguiu encontrar um móbil e chamou a atenção para a diferença das penas parcelares: Pedro Dias foi condenado a 21 anos pelo homicídio do militar da GNR e 22 anos pelos homicídios dos civis.

Esses dados, vincou, significam "que o tribunal encontrou ali incongruências e dúvidas".

Mónica Quintela sublinhou também o trabalho do coletivo ao longo do julgamento, bem como a "leitura exemplar do acórdão, atendendo à gravidade dos factos, atendendo aos familiares das vítimas que estavam na sala, atendendo ao arguido que estava a assistir por videoconferência".

Pedro Dias foi condenado pelos homicídios consumados do militar da GNR Carlos Caetano e de Liliane e Luís Pinto, um casal que viajava na Estrada Nacional (EN) 229 naquela noite. A tentativa de homicídio do militar António Ferreira foi também considerada provada, assim como vários outros crimes.

Pedro Dias assistiu à leitura do acórdão por videoconferência desde a prisão de Monsanto, em Lisboa.

JYGA/AMF // MCL

Lusa/fim

+ notícias: País

Provedoria de Justiça recebeu queixas sobre atuação de juntas de freguesia para com migrantes

A Provedoria de Justiça recebeu quatro queixas sobre a atuação de juntas de freguesia que têm “uma componente essencial” relacionada com os direitos dos migrantes, disse à Lusa fonte oficial do organismo.

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.