Má conduta sexual leva ao afastamento de 21 funcionários da Cruz Vermelha Internacional

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Porto Canal com Lusa

Londres, 24 fev (Lusa) - O Comité Internacional da Cruz Vermelha informou hoje que 21 funcionários daquela organização foram afastados ou apresentaram demissão desde 2015 por terem pago por serviços de natureza sexual.

Outros dois elementos não tiveram os respetivos contratos renovados por causa de suspeitas de má conduta sexual, segundo avançou hoje o diretor-geral do Comité Internacional da Cruz Vermelha, Yves Daccord.

"Estou profundamente triste ao reportar estes números", disse o representante.

"Este comportamento é uma traição às pessoas e às comunidades em que estamos para servir", reforçou Yves Daccord.

O diretor-geral frisou que, devido à dimensão e à estrutura descentralizada da Cruz Vermelha Internacional (que tem mais de 17 mil funcionários em todo o mundo), é possível que outros incidentes não tenham sido identificados ou devidamente tratados.

O Comité Internacional da Cruz Vermelha junta-se assim à lista de organizações humanitárias manchadas pelos comportamentos inapropriados dos respetivos funcionários.

A organização não-governamental (ONG) britânica Plan International confirmou hoje a existência de seis casos de abusos sexuais de menores e de exploração infantil cometidos por trabalhadores da entidade ou colaboradores externos.

A organização humanitária internacional Oxfam também se viu no centro de um escândalo após a descoberta de graves infrações e abusos sexuais cometidos por certos funcionários em países como Haiti, Chade, Sudão do Sul ou Libéria.

Uma das denúncias indicou que ex-diretores e funcionários da Oxfam encobriram em 2010 orgias e pagaram prostitutas, algumas possivelmente menores de idade, no Haiti, país na altura devastado por um terramoto que matou mais de 100 mil pessoas.

Na quinta-feira passada, outro caso veio a público com a demissão do "número dois" do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o britânico Justin Forsyth.

O representante apresentou demissão após ter sido acusado de comportamento inapropriado com colegas mulheres quando trabalhava na organização Save the Children.

Também em fevereiro, a Médicos sem Fronteiras anunciou ter identificado 24 casos de assédio e de abuso sexual em 2017 no seio daquela organização não-governamental.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, decretou recentemente uma regra de tolerância zero face a qualquer comportamento sexual inapropriado que seja cometido dentro da organização ou das respetivas agências.

SCA // MLS

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