Governo acompanha "com máxima proximidade e preocupação" situação na Ricon

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 30 jan (Lusa) -- O secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, garantiu hoje que o Governo está a acompanhar "com a máxima proximidade e preocupação" a situação dos quase 800 trabalhadores do grupo Ricon, que receberam esta semana cartas de despedimento.

"Todos os casos em que empresas desaparecem ou deixam de ter condições para laborar são naturalmente casos que têm que ser acompanhados com a máxima proximidade e a máxima preocupação", disse Miguel Cabrita em declarações à Lusa.

"O objetivo é sempre o de tentar salvar as empresas, de criar condições para que isso possa acontecer, seja encontrando novos investidores, seja alavancando as condições daquilo que é possível da política pública, quando esses mecanismos, associados ao dinamismo do lado da economia falham naturalmente que entra a parte da proteção social e essa parte é da maior importância", acrescentou.

O governante garantiu, assim, que o Ministério do Trabalho e da Segurança Social está a dar um "acompanhamento muito próximo destas situações", encontrando para as pessoas soluções, seja do ponto de vista dos subsídios de desemprego, nos casos em que a ele tenham direito, seja procurando através do Instituto de Emprego e Formação Profissional encontrar ofertas de formação e novas ofertas de emprego para tão rapidamente quanto possível encontrar novos horizontes para estas pessoas.

"É este o nosso trabalho e é este o nosso objetivo que esperamos, naturalmente, possa ser bem-sucedido", disse

Os trabalhadores da Ricon, que se apresentou à insolvência em finais de 2017, receberam na segunda-feira as cartas de despedimento, tendo a empresa explicado, em comunicado, que a atividade do grupo "dependia de forma significativa da Gant, quer na vertente do retalho, cuja dependência era total, quer na vertente da indústria, cuja dependência era superior a 70% e que aquela marca "se mostrou totalmente intransigente e indisponível para negociar e/ou mesmo abordar e analisar" as propostas apresentadas.

O Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, pela voz do dirigente Francisco Vieira, referiu que, "neste momento, todas as soluções que aparecerem para garantir a continuidade das unidades são muito bem-vindas".

No entanto, o sindicalista considera que a hipótese de entrarem no processo novos investidores "é como um gato escondido com rabo de fora".

"As soluções aparecem no mercado, mas querem os trabalhadores com o conta-quilómetros a zero. O que se está a passar no Grupo Ricon é um exemplo daquilo que não deve ser feito", defendeu.

Para os trabalhadores, esclareceu o sindicalista, a vinda de novos investidores não representa perda de direitos.

"Eles [os trabalhadores que já foram despedidos] podem ser admitidos de novo, vão reclamar os seus créditos, requerer fundo de garantia salarial, estão muito bem posicionados para comer a melhor carne da peça, o património da Ricon", disse.

O passivo do grupo ronda os 33 milhões de euros.

ICO (JYCR) // MSF

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