Gaia e tutela assinam contrato de 3ME para reabilitação de Avintes a Oliveira do Douro
Porto Canal com Lusa
Vila Nova de Gaia, Porto, 24 nov (Lusa) - A Câmara de Vila Nova de Gaia assina hoje com a tutela um contrato de financiamento de três milhões de euros que visa a reabilitação da margem do rio Douro entre Avintes e o areinho de Oliveira do Douro.
Em causa está a continuação do projeto das Encostas do Douro, empreitada que está a ser realizada por etapas e que no total implica um investimento superior a dez milhões de euros.
De acordo com o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, o contrato que esta manhã leva ao Norte o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, servirá para garantir a ligação entre o areinho de Avintes e o de Oliveira do Douro por via ciclável e ligação pedonal.
O projeto beneficiará de fundos europeus na ordem dos 80%, cabendo à autarquia alocar 20% da verba e ainda será alvo de análise por parte do Tribunal de Contas.
"[Com este projeto] cria-se uma nova frente de rio e valoriza-se a orla ribeirinha", descreveu à agência Lusa o autarca de Gaia, destacando também a "salvaguarda de bens e as questões de segurança".
A obra tem a duração de nove meses para estar pronta no final de 2018, seguindo-se em 2019 o lançamento de outra etapa do Encostas do Douro, a relacionada com Arnelas e Crestuma-Lever.
"A expectativa é fazer todo o arranjo dos 17 quilómetros da orla ribeirinha durante este mandato", apontou Eduardo Vítor Rodrigues.
Hoje João Pedro Matos Fernandes, acompanhado pela secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Célia Ramos, também visita a obra em curso na ribeira do Espírito Santo.
Trata-se de uma ribeira que atravessa a freguesia de Arcozelo e cuja renaturalização é, disse o autarca de Gaia, "um elemento ambiental e paisagístico fundamental".
"É uma obra que se integra no conjunto de projetos que a Câmara candidatou a reabilitação da orla marítima e zonas de segunda linha que necessitam de intervenção. Ao mesmo tempo há uma outra intervenção em Valadares para reabilitação de zona de proteção dunar", descreveu o autarca.
Eduardo Vítor Rodrigues sublinhou a importância da intervenção "atendendo às ameaças na costa por efeito da subida das águas do mar".
Neste caso a renaturalização é assumida financeiramente pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), cabendo ao Município complementar a obra no que diz respeito ao restabelecimento do espaço público e à criação de acessos.
O total de investimento ronda os 740 mil euros, 150 mil dos quais da responsabilidade da Câmara.
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