FBI vai rever sistema de registo criminal para compra de armas após massacre no Texas
Porto Canal com Lusa
Washington, 23 nov (Lusa) -- O procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, ordenou, na quarta-feira, ao FBI que reveja o registo de antecedentes criminais, depois de o autor do massacre numa igreja do Texas ter adquirido uma arma por não constar dele.
O assassino do Texas, Devin Kelley, foi condenado por violência doméstica, em 2012, cumprindo 12 meses de prisão antes de ser dispensado por má conduta em 2014 da Força Aérea, a qual não introduziu os seus antecedentes criminais no referido registo, violando os protocolos governamentais, um erro que entretanto reconheceu.
Segundo as regras do Pentágono, as informações sobre condenações de militares em casos de agressões devem ser enviadas para o FBI, de modo a que fiquem incluídas na base de dados do registo criminal nacional, um sistema que visa impedir que cidadãos com antecedentes violentos possam adquirir armas.
Neste sentido, Jeff Sessions ordenou ao FBI que trabalhe com o Pentágono para identificar e resolver os erros com a introdução de antecedentes no registo por parte das forças armadas, e que verifique se outras agências governamentais estão a informar devidamente o Centro Nacional de Informação Criminal (NICS, na sigla em inglês) de casos como o de Devin Kelley.
Sessions também pediu uma revisão aos formulários que devem ser preenchidos pelos cidadãos que pretendam adquirir armas, e um relatório sobre os casos abertos durante os últimos anos por mentiras ou omissões no documento.
Em 05 de novembro, Devin Kelley, de 26 anos, matou a tiro 26 pessoas e feriu dezenas de outras enquanto decorria a habitual missa de domingo numa igreja batista de Sutherland Springs, uma pequena comunidade rural no centro do estado do Texas, antes de se suicidar.
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