Estudantes de Viana vendem 40 criações em leilão a favor dos bombeiros
Porto Canal / Agências
Viana do Castelo, 17 dez (Lusa) - Cerca de 40 peças, entre acessórios de moda ou brinquedos, criadas por estudantes do ensino superior de Viana do Castelo, vão ser leiloadas na sexta-feira, revertendo as receitas para os bombeiros, que também serviram de inspiração.
Os 40 alunos envolvidos no projeto "Chama Solidária" são todos finalistas do curso de Design do Produto da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo e, segundo explicou à Lusa o docente Jorge Teixeira, as peças criadas vão desde acessórios de moda a brinquedos e instrumentos musicais, mas também material de escritório como agendas ou cestos.
"Todas as peças terão uma base de licitação que varia entre os 10 e mais de 60 euros. Teremos outras peças à venda para a mesma causa, fora do leilão, mas com um preço superior", apontou o docente.
A "inspiração criadora" destes estudantes, explicou ainda, centrou-se "no universo material e/ou imaterial dos bombeiros e na sua atividade". Envolveu nos últimos três meses mais de trinta entidades, entre as quais instituições de solidariedade social, empresas locais e até artesãos locais.
Neste processo, através das parcerias estabelecidas, os alunos aprenderam diretamente "com o artesão na sua oficina, cruzando saberes".
"Os bombeiros também prestaram apoio aos alunos, quer no esclarecimento do seu universo pessoal e institucional, quer dando a conhecer, mais profundamente, a sua atividade e história", acrescentou Jorge Teixeira, professor daquela escola do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC).
A venda destas peças, predominantemente trabalhadas em madeira, está agendada para sexta-feira, 20 de dezembro, pelas 21:00, na sede dos Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo (IPVC), entidade que receberá, na íntegra, a receita do leilão.
A coordenadora do curso de Design do Produto recorda que o projeto "Chama Solidária" surge numa altura em que o país ainda está "de luto" pelos bombeiros que morreram no combate aos incêndios florestais do último verão.
"Nesta fase, queremos que o curso defina o seu caráter, mostrando a responsabilidade social que tem perante a comunidade em que está inserido", sublinhou Liliana Soares, reconhecendo que o projeto rapidamente extravasou a própria escola.
"Neste momento, julgo que o projeto já não é nem de Design do Produto, nem do IPVC. O projeto é de Viana, porque todos querem participar", rematou.
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