Porto, 05 jun (Lusa) -- O candidato do PSD à Câmara do Porto, Luís Filipe Menezes, anunciou hoje pretender fazer uma recuperação "minimalista" ao pavilhão Rosa Mota e criar nos espaços do Palácio de Cristal zonas de restauração e de diversão, com carrosséis.

"Não vamos inventar rigorosamente nada. Vamos, com padrões de atualidade, adaptar aquilo que era a realidade identitária deste equipamento ao mundo do século XXI", afirmou Menezes hoje, de manhã, na apresentação do seu projeto para o Palácio de Cristal, da autoria do arquiteto Joaquim Massena e orçado em cerca de cinco milhões de euros.

A ideia é levar para os jardins do Palácio de Cristal "o modelo dos jardins Tivoli de Copenhaga", na Dinamarca, disse.

"É esse o nosso modelo. Para aqueles que acham que não pode haver lazer, não pode haver carrosséis em meio urbano, é ir a esse país atrasadíssimo do mundo chamado Dinamarca e a essa cidade de terceiro mundo chamada Copenhaga, em que no centro da cidade tem exatamente essa conceção que nós aqui vamos introduzir", sustentou.

O projeto prevê a criação de uma praça de restauração e uma "zona de equipamentos de lazer e recreio", bem como "um novo espaço de jardim", junto à rua da Restauração, através do alargamento do que atualmente ali existe e aproveitamento da "escarpa e encosta que hoje estão abandonadas e maltratadas".

Quanto ao pavilhão Rosa Mota, Menezes disse que, sem "gastar fortunas", pretende torná-lo num "pavilhão multiusos da cidade, mas também num equipamento que sirva de palácio de congressos".

Limpando-o e dando-lhe "alguma modernidade do ponto de vista de conforto", o pavilhão será reabilitado através de "um projeto minimalista", orçado em cerca de cinco milhões de euros "e não o valor exorbitante que estava ligado ao projeto anterior", desenhado e abandonado pelo atual executivo de Rui Rio, que previa uma parceria público-privada de 25,7 milhões de euros.

O candidato social-democrata afirmou ainda pretender que a entrada aquele espaço se faça "por todas as frentes urbanas que [o Palácio de Cristal] tem" e "incorporar um conjunto de equipamentos de proximidade" na área, em especial o Solar do Vinho do Porto.

O candidato admitiu conseguir realizar este projeto "quase a custo zero", porque o concurso para a sua concretização "será conceptualizado numa lógica global que permita que operadores privados se interessem pelo negócio".

"Se for preciso complementar com um, dois, ou três milhões de euros, em janeiro de 2014 os projetos do QREN começam a ser financiados", salientou, acrescentando "que valores de dois ou três milhões [de euros] não serão aqueles pelos que me mobilizarei muito para fazer abaixo-assinados".

Menezes pretende que o Palácio de Cristal volte a ser "outra vez o centro de lazer popular da cidade", que servirá "extratos socioeconómicos da cidade que têm menos possibilidades".

"E para quem se preocupa muito com políticas sociais... têm que ter noção do que aquilo que estamos a fazer é precisamente para os portuenses que não têm dinheiro para viajar, que não têm dinheiro para fazer férias prolongadas fora da cidade", concluiu.

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