Morreu a escritora brasileira Elvira Vigny, de 69 anos, autora de "Nada a Dizer"

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Porto Canal com Lusa

Redação, 11 jul (Lusa) -- A escritora brasileira Elvira Vigny, de 69 anos, autora de "Nada a Dizer", que lhe valeu o Prémio Machado de Assis, em 2010, morreu na segunda-feira, em S. Paulo, no Brasil, anunciou hoje a Quetzal Editora.

A escritora foi vítima de um "carcinoma micropapilar invasivo, que se iniciou com um cancro na mama, em 2012", noticiou o jornal brasileiro Estadão. "Apesar disso, os últimos anos foram de grande atividade, tendo publicado sete livros, desde a trágica notícia da sua doença", afirma, por seu turno, a Quetzal, no comunicado hoje divulgado.

Em 2015, a escritora ficou em 2.º lugar no Prémio Oceanos, que sucedeu ao antigo Prémio de Literatura Portugal Telecom, com o livro "Por Escrito". O júri considerou, na ocasião, que a autora apresentou "um grande trabalho de ousadia estilística, além de enfrentar temas difíceis com uma agressividade inédita no género".

"Nada a Dizer" foi publicado pela Quetzal em 2013, e narra a história de um adultério.

Elvira Vigny assinou dez romances, entre os quais "Às seis em ponto", "Deixei ele lá e vim", "O que deu para fazer em matéria de história de amor" e "Como se estivéssemos em palimpsesto de putas", editado no ano passado, e que mereceu o Prémio da Associação Paulista de Críticos de Artes.

Foi também autora de contos e de obras infanto-juvenis, tendo recebido nesta área dois prémios Jabuti, um deles na área da ilustração.

Segundo o Estadão, que cita o seu genro, o escritor Eric Novello, há ainda três livros de Elvira Vigny para serem publicados, um deles em que dialoga ficcionalmente com o romancista Franz Kafka (1883-1924), outro, a republicação do romance "A Um Passo" (2004) e o terceiro, na área infantil.

Segundo o jornal paulista, "os livros de Elvira Vichy não são explicitamente políticos, mas, entre camadas que a escritora construía com habilidade na própria narrativa, existe, implícita, uma maneira muito única de ler as relações interpessoais, necessariamente políticas".

A família, segundo o jornal brasileiro, por respeito à não religiosidade da autora, não realizará qualquer cerimónia dessa natureza.

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