Sindicatos querem clarificar divergências entre discurso da 'troika' e do FMI

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 11 dez (Lusa) - Os responsáveis da UGT e CGTP sublinharam hoje as divergências que começam a surgir nos representantes da 'troika' quanto ao plano de resgate de Portugal, adiantando quererem clarificar a admissão de erros feita na terça-feira pelo FMI.

"Há divergências [no discurso da 'troika']" e "individualmente cada um diz que [as medidas de austeridade] são demais, mas, quando se juntam, todos dizem que ainda precisamos de mais austeridade e salários baixos", lembrou a presidente da UGT à entrada da reunião dos parceiros sociais com os representantes da Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI.

A diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, admitiu na terça-feira em reunião do Conselho Económico e Social Europeu, que o plano de resgate aplicado a Portugal tinha erros.

"Esperamos que a 'troika' ouça, de uma vez, o que a diretora-geral do FMI disse há poucas horas sobre as medidas de austeridade", afirmou Lucinda Dâmaso, lembrando que a central sindical "sempre defendeu que Portugal não precisa de mais austeridade nem de salários mais baixos".

Também o secretário-geral da CGTP referiu as divergências entre os representantes da 'troika', sublinhando aquilo que considera "uma hipocrisia e um cinismo", mas admitiu não ter expectativas face à reunião de hoje.

"A senhora Lagarde diz uma coisa e os seus homens de mão fazem outra", disse Arménio Carlos, acrescentando que o FMI, "tal como a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu, estão a fazer uma política de destruição quer do tecido da economia quer dos direitos mais elementares dos cidadãos portugueses".

A reunião de hoje entre a 'troika' e os parceiros sociais, realizada no âmbito da 10.ª avaliação ao programa de resgate de Portugal, não provoca "nenhumas expectativas" ao líder da CGTP, mas Arménio Carlos quer reforçar aos representantes das instituições que a política seguida "está a generalizar a pobreza da população, está a passar os pobres para a miséria e os excluídos para fora das estatísticas".

PMC/IM // MSF

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