Sem fundos comunitários, Matadouro do Porto "tem de ser vendido a privados" - Câmara

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Porto Canal / Agências

Porto, 10 dez (Lusa) -- O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, adiantou hoje que sem fundos comunitários para instalar o Polo de Apoio a Empresas no antigo Matadouro Municipal, o equipamento tem de "ser vendido a privados".

"Sabemos o que queremos fazer: um Polo Logístico de Apoio a Pequenas e Médias Empresas que sirva de base de reindustrialização. Não sabemos neste momento se existe [financiamento comunitário] do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN). Não existindo, teremos de vender a privados. Se o QREN permitir que façamos de outra maneira, faremos", revelou o autarca.

Falando aos jornalistas no fim da reunião privada do executivo, Rui Moreira referia-se à venda por 50,05 milhões de euros do ex-matadouro municipal, prevista no orçamento para 2014, hoje aprovado com a abstenção do PSD e o voto contra da CDU.

Fonte da autarquia explicou na segunda-feira à Lusa que a venda do matadouro prevista no orçamento da Câmara do Porto para 2014 não compromete o Polo de Apoio a Pequenas e Médias Empresas, constituindo apenas "um dos caminhos possíveis" para o projeto.

"É uma forma de salvaguardar todos os caminhos possíveis. A Câmara sabe o que quer fazer para ali, mas ainda não sabe se o vai fazer com fundos próprios, com financiamento comunitário ou alienando o espaço a privados", explicou fonte do gabinete do autarca.

O presidente da autarquia indicou ainda "acreditar" na possibilidade de alienar em 2014 diverso património por um total de 21,4 milhões de euros, considerada inviável por parte da oposição.

"Inserimos valores bastante prudentes. Não temos dúvida de que em algumas hastas públicas vamos ter interessados. Acreditamos que saberemos motivar a venda. Se não fizermos estas alienações, podemos propor outras", esclareceu Rui Moreira.

O vereador da CDU, Pedro Carvalho, considera que o montante previsto para a venda de património é "Rui Rio [ex-presidente da Câmara] em versão triplicada" e alerta que a Câmara "já está a vender imóveis para sustentar a despesa de capital".

Ricardo Almeida, do PSD, censurou o "aumento brutal da venda de imóveis", alertando que os 21,4 milhões de euros previstos com a venda de património é receita "encapotada" que se vai transformar em dívida "no fim deste orçamento".

O social-democrata indicou ainda que em 2012, a Câmara orçamentou 2 milhões de euros em venda de património, inscrevendo no orçamento de 2013 a alienação de 5,6 milhões de euros.

"Uma venda de 21 milhões de euros em 2014 é irrealista", afirmou.

"Não vão executar receita e podemos ter a Câmara praticamente parada no último trimestre do ano", acrescentou.

ACG // JGJ

Lusa/fim

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