Bombeiros pedem suspensão da entrega de bens solidários em Pedrógão Grande

Bombeiros pedem suspensão da entrega de bens solidários em Pedrógão Grande
| País
Porto Canal com Lusa

O presidente da Associação de Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande apelou este sábado para que as pessoas suspendam por "alguns dias" a entrega de ajuda.

"É um sufoco. É muita coisa. São toneladas e toneladas de roupa, de sapatos", notou o presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Carlos David, pedindo à população para suspender por alguns dias a entrega de ajuda na sequência dos incêndios que provocaram a morte a 64 pessoas.

Segundo Carlos David, a ajuda recebida no quartel dos bombeiros é "demasiada" para esta fase, sendo que, face à quantidade de apoio recebido, ainda não foi possível organizar a operação.

"Não estamos a fazer a triagem, a selecionar a roupa, que tem de se catalogar. Quanto mais chega, menos tempo" há para a seleção, frisou, pedindo às pessoas para deixarem os bombeiros organizarem-se.

"Deixem-nos respirar e organizar. Queremos organizar bem e servir a população, mas temos que ter aqui alguma disciplina. O apoio foi do tamanho do mundo e nós somos pequeninos. Não temos dimensão para isso", disse à agência Lusa Carlos David.

De acordo com o presidente da associação de bombeiros, há pequenos armazéns que estão a ser utilizados para armazenar a ajuda recebido, sendo que há instalações em "stand by" para o caso de ser necessário utilizá-las.

Carlos David sublinhou que os bombeiros têm também levado a ajuda a outras corporações e postos de apoio, visto que, neste momento, "não há barreiras, não há concelhos, é toda uma região".

A ajuda, frisou, "está a chegar às juntas" e as juntas estão a distribuir no terreno, vincando que, caso alguém não esteja a receber ajuda, apenas precisa de avisar os bombeiros.

Dois grandes incêndios, que provocaram a morte a 64 pessoas e ferimentos a mais de 200, deflagraram no dia 17 na região Centro, tendo obrigado à mobilização de mais de dois milhares de operacionais.

Estes incêndios, que deflagraram nos concelhos de Pedrógão Grande e Góis, consumiram cerca de 53 mil hectares de floresta [o equivalente a 53 mil campos de futebol] e obrigaram à evacuação de dezenas de aldeias.

O fogo que deflagrou em Escalos Fundeiros, em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, alastrou a Figueiró dos Vinhos e a Castanheira de Pera, fazendo 64 mortos e mais de 200 feridos.

As chamas chegaram ainda aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra, mas o fogo foi dado como dominado na quarta-feira à tarde.

O incêndio que teve início no concelho de Góis, no distrito de Coimbra, atingiu também Arganil e Pampilhosa da Serra, sem fazer vítimas mortais. Foi extinto hoje, às 13:00.

+ notícias: País

Montenegro quer português como língua oficial da ONU até 2030

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, quer que os países parceiros na CPLP alinhem posições para que o português seja reconhecido como língua oficial das Nações Unidas até 2030, considerando que "seria um justo reconhecimento".

Sindicato dos Profissionais de Polícia repudia comunicado do MAI sobre remunerações

O Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP) reiterou que não aceitará qualquer tentativa de induzir os cidadãos em erro, nem de discriminação dos polícias, numa reação ao comunicado emitido no sábado pelo Ministério da Administração Interna (MAI).

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".