Apollo quer despedir 380 trabalhadores da Seguradoras Unidas

Apollo quer despedir 380 trabalhadores da Seguradoras Unidas
| País
Porto Canal com Lusa

O Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins (SINAPSA) acusou hoje a Apollo de querer despedir "de forma ilegal" 380 trabalhadores da Seguradoras Unidas após ter integrado a Açoreana na Tranquilidade.

"O acionista Apollo, que adquiriu a Tranquilidade e posteriormente a Açoreana, fez no ano passado rescisões amigáveis, portanto, despediu 100 trabalhadores, e agora, após a integração da Açoreana na Tranquilidade, pediu uma autorização ao Ministério do Trabalho para despedir mais 380 trabalhadores", afirmou à Lusa José Manuel Jorge, porta-voz do SINAPSA.

"Com este pedido [a Apollo] quer que seja o dinheiro do Estado, através das contribuições dos trabalhadores para a Segurança Social, a sustentar o despedimento", salientou.

Como os representantes dos trabalhadores não foram consultados, como é obrigatório, e não existe projeto de reestruturação porque, segundo a mesma fonte, "a empresa não está com dificuldades económicas", o SINAPSA considera que se está perante "mais uma ilegalidade".

E reforçou: "A Apollo fica com os lucros e os nossos descontos ajudam a despedir".

O porta-voz do SINAPSA referiu que a entidade vai enviar o seu parecer negativo ao Conselho de Concertação Social e divulgá-lo pelos trabalhadores, que devem "manter-se unidos na defesa dos seus postos de trabalho".

Paralelamente, o responsável denunciou uma "estratégia" dos fundos de investimento, como a Apollo, que passa por se "apoderarem dos ativos, nomeadamente os ativos imobiliários das próprias empresas, para assim fazerem um encaixe para o seu investimento".

É que, segundo José Manuel Jorge, a Apollo comprou a Tranquilidade por 42 milhões de euros, mas em pouco mais de um ano já vendeu 200 milhões de ativos imobiliários da seguradora que pertencia ao Grupo Espírito Santo (GES).

"A Apollo vendeu praticamente todo o património imobiliário da Tranquilidade. Agora [com a integração da Açoreana], o que pretende é despedir estes trabalhadores, integrar os outros nos edifícios que a Tranquilidade já tinha, e a seguir ir vender os ativos imobiliários da Açoreana", assinalou, criticando este tipo de investimento estrangeiro.

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