Presidente da Martifer garante que construção naval vai "reviver" em Viana

Presidente da Martifer garante que construção naval vai "reviver" em Viana
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Porto Canal

O presidente do conselho de administração da Martifer manifestou hoje a convicção de que a subconcessão que o grupo vai assumir dos atuais estaleiros de Viana permitirá fazer "reviver" aquela atividade no concelho.

Em declarações à agência Lusa, uma semana depois de anunciada a adjudicação da subconcessão àquele grupo privado, Carlos Martins desvalorizou as dúvidas colocadas nos últimos dias sobre o futuro da atividade atualmente desenvolvida pelos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), que entretanto serão encerrados.

"A indústria de construção e reparação naval vai continuar em Viana do Castelo", enfatizou o administrador.

A Martifer, recorde-se, é um grupo multinacional com mais de 3.000 trabalhadores, centrando a sua atividade nos setores da construção metálica e no solar fotovoltaico, presente na Europa, África, Américas, Ásia e Médio Oriente.

"Dizer que a construção e reparação naval vai desaparecer de Viana do Castelo é desinformação porque o projeto da Martifer, com experiência e 'know how' na área da construção e reparação naval através dos estaleiros da Navalria, passa precisamente por fazer reviver esta indústria emblemática de Viana do Castelo, com uma história de 70 anos", acrescentou Carlos Martins.

O grupo Martifer detém desde 2008 os estaleiros da Navalria, no porto de Aveiro, empresa que desenvolve a atividade de construção e reparação naval, além de equipamentos para energias renováveis offshore.

Naqueles estaleiros, em Aveiro, dispõe de uma doca seca, uma doca flutuante, um elevador naval e dois planos inclinados, o que permite realizar trabalhos de construção e reparação naval de navios entre 60 e 100 metros.

Nos últimos anos já construiu vários navios-hotel para a Douro Azul e ferryboats para a Transtejo.

O grupo Martifer anunciou a 27 de setembro que vai assumir em janeiro a subconcessão dos terrenos, infraestruturas e equipamentos dos ENVC, pagando ao Estado uma renda anual de 415 mil euros, até 2031, conforme concurso público internacional que venceu.

A nova empresa West Sea deverá recrutar 400 dos atuais 609 trabalhadores, que estão a ser convidados a aderir a um plano de rescisões amigáveis que vai custar 30,1 milhões de euros, suportado com recursos públicos.

Esta solução prevê o encerramento dos ENVC em 2014 e foi definida, diz o Governo português, para evitar a devolução de 181 milhões de euros de ajudas públicas não declaradas à Comissão Europeia, no âmbito de uma investigação lançada por Bruxelas.

Ao longo de 69 anos de atividade, os ENVC já construíram mais de 220 navios, mas apresentam hoje um passivo superior a 300 milhões de euros.

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