Omnichord Records projeta novos artistas nacionais na Europa a partir de Leiria

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Porto Canal com Lusa

Leiria, 20 fev (Lusa) - A editora Omnichord Records, de Leiria, completa hoje cinco anos e prepara-se para levar novas bandas nacionais a palcos da Europa, como o Reino Unido, Alemanha, Suécia ou Suíça.

Responsável pelo lançamento de bandas como os Nice Weather For Ducks, First Breath After Coma ou Surma, a editora independente representa um conjunto de novos projetos nacionais que começam a atrair o interesse internacional.

"Isto já não é uma 'brincadeira' como quando gravámos o primeiro tema. Temos muito mais ambição. Queremos sair e chegar mais longe, mas ao mesmo tempo não queremos perder a inocência e o estímulo da curiosidade", diz à agência Lusa o responsável da editora.

Hugo Ferreira acredita que o segredo do sucesso da Omnichord Records pode estar no facto de, ao longo de cinco anos, "se ter criado uma teia familiar, em que toda a gente colabora com toda a gente".

"Queremos ter processos colaborativos, aprender todos uns com os outros e produzir conteúdos em 'família'. A nossa visão da música não é propriamente a visão habitual do dia-a-dia", sublinha.

Resultado disso é, por exemplo, um tema comemorativo a lançar esta semana: foi criado por elementos de três projetos da editora, Nice Weather For Ducks, Surma e Few Fingers.

Em cinco anos, a Omnichord Records lançou 17 discos e promete mais dez até ao final de 2017. Os Nice Weather For Ducks foram a primeira banda do catálogo, que cresceu com novos valores que se têm projetado na música nacional, a partir de Leiria.

Os First Breath After Coma são um desses casos. Estiveram no festival Eurosonic, na Holanda, onde impressionaram.

"Na hora a seguir ao concerto, já tinha dois 'e-mails' com convites para tocar em dois países da Europa", conta Hugo Ferreira. Nos próximos meses, a banda vai tocar ao Reino Unido, à Bélgica, Suíça e Alemanha, entre outras atuações noutros países.

Da Suécia, surgiu um convite para um concerto de projeto, Surma, de Débora Umbelino, que tem apenas um single lançado.

"A Débora responde a toda a gente no Facebook e isso é muito mais importante do que se possa pensar. Nos concertos, transporta essa energia para o público. É uma bola de neve com todas as condições para se tornar uma avalanche", afirma o responsável pela Omnichord Records.

No catálogo da editora, há mais bandas a crescer, como os Few Fingers, os Twin Transistors, os Nice Weather For Ducks - "o segundo disco foi um dos mais injustiçados do ano passado" - ou os Whales.

Um dos objetivos seguintes é a autonomia financeira, diz Hugo Ferreira, que acredita estar a constituir "um ecossistema rentável, que permita criar uma comunidade que trabalhe e viva da cultura".

"Para lá caminhamos. Há outras formas de impulsionar projetos e trazer-nos um retorno imediato. Mas temos caminhado pé ante pé, com passos seguros e focando-nos no que é importante: as pessoas. Se continuarmos a trabalhar da mesma forma, há muita gente criativa que pode passar a viver da música e daquilo que faz, no seio da Omnichord".

Ao fim de cinco anos, a editora de Leiria mantém o entusiasmo do início: "Quando um projeto é feito de pura e simples paixão, não há limites".

Para comemorar o quinto aniversário, a Omnichord Records apresenta esta semana, além do tema original, uma edição especial com cinco discos em vinil, limitada a 150 exemplares, com design inspirado nos discos de ouro que seguem a bordo das sondas Voyager.

MLE // SSS

Lusa/fim

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