Moçambique quer uma maior fatia nos projetos de gás no norte do país
Porto Canal / Agências
Maputo, 11 nov (Lusa) - Moçambique tem planos para aumentar a sua participação nos projetos multinacionais de prospeção de gás no norte do país, através da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), anunciou hoje um responsável desta companhia estatal.
"Estamos a tentar ver como poderemos aumentar a nossa participação nos projetos", disse, numa entrevista à agência Bloomberg, um diretor da ENH, Paulino Gregório.
A ENH já participa nos dois grandes projetos de prospeção de gás na bacia do Rovuma, liderados pela norte-americana Anadarko e pela italiana ENI.
No primeiro projeto, a ENH tem 15% e, no segundo consórcio, liderado pela italiana ENI e que inclui a portuguesa Galp Energia, a empresa moçambicana tem uma participação de 10%.
Moçambique pretende construir quatro centrais de gás natural liquefeito (LNG), com uma capacidade total de 20 milhões de toneladas métricas por ano, a partir de 2018.
Este investimento, de cerca de 20 mil milhões de dólares poderá tornar aquela região no norte de Moçambique no segundo maior exportador mundial de gás liquefeito, a seguir ao Qatar.
Gregório disse que um número não especificado de bancos, que não identificou, mostrou disponibilidade para financiar a participação da ENH nos projetos.
Em redor das centrais de LNG será desenvolvida uma zona industrial e será construído um gasoduto com cerca de 2.100 quilómetros de comprimento para abastecer as indústrias nacionais.
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