"Há pessoas que não fizeram greve por receio" -- UGT/Coimbra

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Porto Canal / Agências

Coimbra, 08 nov (Lusa) -- O presidente da UGT/Coimbra, Ricardo Pocinho, afirmou hoje que há trabalhadores na administração pública que "não fizeram greve por terem receio daquilo que lhes possa vir a acontecer".

"Tenho a certeza absoluta que há pessoas que não fizeram greve porque têm receio daquilo que lhes possa vir a acontecer", afirmou o dirigente sindical, que falava hoje, em Coimbra, numa conferência de imprensa sobre o impacto da greve geral da função pública naquele distrito, promovida pela UGT e sindicatos da administração pública afetos a esta central sindical.

Ricardo Pocinho disse ainda que, quando se vive num "clima de despedimento iminente na administração pública, as pessoas têm receio" de fazer greve.

"Vivemos todos com uma guilhotina sobre a cabeça" e "o problema é do Governo, mas também é do Presidente da República, que jurou cumprir e fazer cumprir a constituição", não podendo, por isso, "deixar que princípios fundamentais" sejam postos em causa, defendeu.

Hoje, "as pessoas não têm liberdade de fazer greve", disse o líder da UGT/Coimbra, assegurando que "há serviços, no distrito de Coimbra", onde os funcionários foram questionados, durante a semana, se iriam ou não iriam aderir à paralisação de hoje.

Além disso, "há hoje muitos trabalhadores na administração pública já a passar fome", afirmou Jacinto Santos, coordenador regional do Centro do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP).

"Ao contrário do que se diz, a média salarial destes trabalhadores não é de mil e tal euros. A média da maioria" dos funcionários que "trabalham nas autarquias, juntas de freguesia, direções regionais, escolas" e outros serviços "ganha 500 euros e até 485 euros".

Na administração pública "há muita miséria", garantiu Jacinto Santos.

"Vivemos no país em que nunca pensei viver, vivemos um panorama de grande desgraça", disse também.

Sobre a adesão à greve geral da função pública em Coimbra, os dirigentes sindicais escusaram-se a adiantar números para "evitar a disputa entre Governo e sindicatos", uns sustentando que a adesão foi de dez por cento, outros de 90 por cento.

Mas a greve teve "uma forte afetação no normal funcionamento dos serviços", no distrito de Coimbra, disse Ricardo Pocinho, sublinhando que só a paralisação dos transportes públicos na cidade de Coimbra (em cujos serviços municipais a "greve atingiu quase os 100%") perturbou "praticamente todos os setores".

Independentemente da falta de transportes públicos, houve, por exemplo, "várias escolas" e centros de saúde encerrados, serviços de limpeza sem funcionarem, repartições a funcionarem com uma reduzida percentagem do seu pessoal, adiantou o presidente da UGT/Coimbra.

JEF // SSS

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