Em declaração na sede da candidatura, no centro de trabalho comunista Vitória, em Lisboa, o dirigente, à semelhança do seu "camarada" Paulo Raimundo anteriormente, deu pouca importância ao facto de o Bloco de Esquerda poder vir a ultrapassar a CDU em votação e em mandatos.

"Confirma-se que a CDU afirma a sua força eleitoral, conquistada progressivamente, de eleição em eleição", disse, sublinhando tratar-se de "um reforço real", antes de afirmar que, "hoje, assinala-se o dia em que o Governo PSD/CDS foi derrotado, tem grande derrota e perde maioria absoluta e a possibilidade de formar Governo, a menos que haja do Presidente da República uma entorse no que diz respeito aos resultados eleitorais".

Segundo Francisco Lopes, "o BE não é questão", pois a CDU nunca a colocou, além de que "todas as forças políticas confirmaram e reforçaram a sua expressão, com uma exceção - a grande derrota de PSD e CDS".

Sobre eventuais desenvolvimentos políticos, nomeadamente conversações com o PS para a formação de um elenco governativo ou futuros acordos no parlamento, o elemento da comissão política do PCP remeteu mais esclarecimentos para a declaração posterior do secretário-geral.