O dirigente socialista Fernando Medina elogiou hoje a simpatia do líder comunista, Jerónimo de Sousa, e das deputadas do Bloco de Esquerda Catarina Martins e Mariana Mortágua, mas considerou-os protagonistas de propostas trágicas para Portugal.
Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, falava no início do tradicional almoço da Trindade, que antecede a descida do Chiado em que marcaram presença o ex-Presidente da República Jorge Sampaio, o líder parlamentar socialista, Ferro Rodrigues, o ex-candidato presencial Manuel Alegre, o presidente honorário do PS, Almeida Santos, e a candidata presidencial Maria de Belém.
Na sua intervenção, Fernando Medina deixou uma série de perguntas aos eleitores do PCP e do Bloco de Esquerda sobre o alinhamento político destes partidos.
"Jerónimo de Sousa é uma pessoa encantadora, simpática e séria, mas, se por acaso vencessem as propostas do PCP de combate ao PS e de saída da moeda única, a vossa vida vai melhorar? Vocês acham que no dia seguinte à saída da moeda única as poupanças as vossas continuariam protegidas nos bancos, que o valor real das vossas pensões ou salários ficaria protegido", perguntou Fernando Medina.
Em relação ao Bloco de Esquerda, o dirigente socialista usou o mesmo tipo de argumentação.
"Catarina Martins e Mariana Mortágua são também muito simpáticas, não questiono isso, mas as eleições não são uma questão de simpatia. E a pergunta que lhes fazemos é a seguinte: "Se tomarmos uma posição de rutura de renegociação unilateral da dívida na União Europeia isso vai melhorar a situação de cada um de nós?", questionou.
O presidente da Câmara de Lisboa fez depois um veemente apelo ao chamado "voto útil".
"Todos têm que ir votar, porque depois de domingo não há lugar para arrependimentos. António Costa e o PS são os únicos que têm uma proposta moderada, progressista e realista dentro dos constrangimentos atuais da União Europeia", sustentou o membro do Secretariado Nacional do PS.