PS de Cerveira propõe expulsão de mais de 20 militantes após derrota eleitoral nas autárquicas

PS de Cerveira propõe expulsão de mais de 20 militantes após derrota eleitoral nas autárquicas
| Política
Porto Canal

A concelhia do PS de Vila Nova de Cerveira propôs a expulsão de mais de 20 militantes que concorreram às autárquicas contra as listas do partido, derrotadas nestas eleições, confirmou hoje à Lusa o líder daquele órgão.

Segundo João Araújo, a lista com o nome dos militantes que integraram ou "apoiaram expressamente" outras candidaturas já foi enviada à Comissão Federativa (distrital) de Jurisdição, órgão que terá de analisar a sua expulsão.

"São militantes que, contrariamente ao que dizem os estatutos, concorreram contra o Partido Socialista. É uma falta grave, que está prevista com a expulsão, mas isso será decidido pelos órgãos distritais", disse à Lusa o líder da comissão política concelhia do PS.

Em causa, explicou, estão 12 militantes que integraram as listas do movimento independente "Pensar Cerveira", que venceu as eleições em Vila Nova de Cerveira, e mais cerca de uma dezena que apoiaram publicamente essas listas.

"Somos atualmente 348 militantes, por isso serão poucas pessoas a expulsar. Mas ninguém é obrigado a ser militante e a pagar quotas. Só está no partido quem quer estar e quem não quer deve sair", sublinhou João Araújo, que foi o candidato do PS à Câmara de Vila Nova de Cerveira.

Ao fim de várias décadas de liderança local, o PS perdeu em 2013 a Câmara para o grupo de independentes, liderado pelo ex-socialista Fernando Nogueira.

Em declarações recentes à Lusa, Fernando Nogueira, que foi vereador eleito pelo PS naquela autarquia durante 20 anos, os últimos 15 como vice-presidente, recordou ter pedido a desfiliação do PS, este ano, depois de aceitar liderar a candidatura do movimento independente "Pensar Cerveira" à Câmara.

O mesmo aconteceu com o cabeça-de-lista daquele movimento à Assembleia Municipal, Vítor Nélson, que foi presidente daquele órgão, eleito pelo PS.

"O PS saberá as decisões que quer tomar e tem toda a legitimidade para o fazer. Da nossa parte não estamos minimamente preocupados com isso. Mas acho que, estrategicamente, pode ser um erro, em termos locais, porque em vez de acalmarem os ânimos só se vão aprofundar as divisões", apontou o agora presidente da Câmara.

A divisão entre os socialistas aconteceu depois das eleições "diretas" realizadas em dezembro de 2012, para escolher o candidato do partido face à saída, por ter atingido o limite de mandatos, do anterior presidente da Câmara.

Fernando Nogueira perderia para João Araújo e avançou então como independente, contra o candidato do PS, alegando dúvidas sobre a legalidade daquele processo. O movimento independente "Pensar Cerveira" acabaria por vencer não só a votação para a Câmara Municipal (45,12%), em maioria, mas também para a Assembleia Municipal e várias Assembleias de Freguesia.

A Câmara era liderada há mais de vinte anos por José Manuel Carpinteira, mas a lista do PS liderada por João Araújo foi derrotada (40,59%) pelos independentes, por menos de 300 votos de diferença, num total de 6.221 votantes.

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