Dívida do Estado a empresas que recolhem cadáveres de animais ronda os 11 ME

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 01 ago (Lusa) -- O Estado deve cerca de 11 milhões de euros às empresas que diariamente recolhem, transportam e destroem 1.509 cadáveres de animais, um serviço "fundamental" para a qualidade alimentar e saúde pública, denunciaram hoje as empresas responsáveis por este trabalho.

A dívida foi avançada à agência Lusa pelas duas empresas em questão (ITS e Luís Leal & Filhos), que fazem parte do consórcio criado pelo Estado para pôr em prática o Sistema Integrado de Recolha de Cadáveres de Animais (SIRCA).

As empresas alertam que se o Estado não pagar as dívidas "em tempo útil" pode pôr em causa o SIRCA.

Este sistema foi criado na altura da crise da doença das "vacas loucas" para a recolha dos animais, em tempo útil, e permite efetuar a despistagem obrigatória de eventuais encefalopatias espongiformes transmissíveis (BSE).

A dívida do Estado por este serviço arrasta-se há quase um não, segundo o consórcio, que afirma estar este ano a assistir "novamente ao incumprimento do prazo de pagamento das faturas".

A 30 de junho deste ano (2016), o valor era superior a 10 milhões de euros, afirmam as empresas, sublinhando que "o não pagamento é desde setembro do ano passado (2015)".

Já em agosto de 2015, as empresas se tinham queixado de uma dívida de seis milhões de euros, acumulada desde janeiro. Esse valor foi entretanto ressarcido, mas desde setembro voltou a acumular-se nova dívida que ascende agora a quase 11 milhões de euros.

De acordo com este consórcio, entre julho de 2015 e julho de 2016 foram recolhidos 550.749 cadáveres de animais, o que corresponde a uma média de 1.509 por dia.

"O SIRCA é fundamental para tratar devidamente estes resíduos animais perigosos e evitar problemas graves de contágio que ponham em causa a qualidade alimentar e a saúde pública e também em termos económicos", salientam as empresas.

AL // CC

Lusa/Fim

+ notícias: Política

Governo responde a Marcelo. "Não está em causa nenhum processo" para reparação do passado colonial

O Governo afirmou este sábado que “não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas com o propósito” de reparação pelo passado colonial português e defendeu que se pautará “pela mesma linha” de executivos anteriores.

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.

Governo e PS reúnem-se em breve sobre medidas de crescimento económico

Lisboa, 06 mai (Lusa) - O porta-voz do PS afirmou hoje que haverá em breve uma reunião com o Governo sobre medidas para o crescimento, mas frisou desde já que os socialistas votarão contra o novo "imposto sobre os pensionistas".