PSD já esperava veto de PR sobre "atentado ao poder local" e "estatização" dos STCP e Metro

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 26 jul (Lusa) - Os sociais-democratas já esperavam o veto presidencial ao diploma sobre a Sociedade de Transportes Públicos do Porto (STCP) e da Metro do Porto por ser um "atentado ao poder local" e implicar uma "excessiva estatização da economia".

"Não estranhamos o veto do Presidente da República ao diploma sobre os STCP porque, efetivamente, estamos perante uma situação de inexplicável e excessiva estatização da economia. São coisas de outros tempos, nem são compatíveis com uma economia aberta, europeia e global como aquela que vivemos e queremos continuar a viver em Portugal", disse a deputada do PSD Berta Cabral, no parlamento.

Para a parlamentar "laranja", trata-se de "um atentado à autonomia do poder local, absolutamente inaceitável", uma vez que "a separação de poderes é de respeitar, quer seja regional, nacional ou o poder local".

"Queria, em nome do PSD, apelar aos partidos da maioria para não insistirem no erro, não reconfirmarem na Assembleia da República este diploma e atenderem às considerações, comentários e observações feitos pelo Presidente da República", afirmou.

Berta Cabral lamentou ainda a existência de "uma maioria que atua desta forma" e "afasta o investimento, designadamente o externo", produzindo "danos de confiança, reputacionais para a economia portuguesa".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, usou segunda-feira, pela segunda vez, o veto político, ao fim de quase cinco meses de mandato, rejeitando o diploma que altera os estatutos da STCP e da Metro do Porto, cerca de um mês e meio depois de devolver ao parlamento o decreto que introduzia a possibilidade de recurso à gestação de substituição, entretanto já alterado e aprovado em plenário.

Sobre o texto em causa, o Chefe de Estado justificou o seu veto por a iniciativa legislativa "vedar, taxativamente, qualquer participação de entidades privadas"

HPG (JF/VAM) // JPF

Lusa/Fim

+ notícias: Política

“Não há condições políticas” para regresso do Serviço Militar Obrigatório, garante ministro da Defesa

O ministro da Defesa Nacional admitiu que “hoje não há condições políticas” para voltar a impor o Serviço Militar Obrigatório (SMO), sugerindo que os jovens que optem pelas Forças Armadas tenham melhores condições de entrada na universidade ou função pública.

"Acabarei por ser inocentado", diz Galamba sobre caso Influencer

O ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse esta sexta-feira que acredita que vai ser inocentado no processo Influencer e discorda que a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, deva prestar esclarecimentos no Parlamento.

25 de Abril. Eanes afirma que PCP tentou estabelecer regime totalitário

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou esta sexta-feira que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.