Governo francês considera "ato terrorista abjeto" homicídio de polícia e mulher

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Porto Canal com Lusa

Paris, 14 jun (Lusa) -- O ministro do Interior francês classificou hoje o duplo homicídio de um polícia e da sua mulher nos arredores de Paris como um "ato terrorista abjeto".

"Um ato terrorista abjeto foi cometido ontem [segunda-feira] em Magnanville por um indivíduo que atacou um polícia e a sua mulher, que também era uma funcionária da esquadra da polícia", disse Bernard Cazeneuve aos jornalistas depois de uma reunião de emergência do Governo francês.

O alegado autor do duplo homicídio, identificado como Larossi Abballa, tinha 25 anos e foi condenado em 2013 por participar numa fileira 'jihadista', entre a França e o Paquistão, segundo a agência de notícias AFP, que cita várias fontes não identificadas.

Julgado com outros sete réus, foi condenado a três anos de prisão, com seis meses de pena suspensa, por "associação criminosa com vista à preparação de atos terroristas", segundo uma fonte próxima do processo.

O homem era oriundo de Mantes-la-Jolie, a cerca de 60 quilómetros a oeste de Paris.

A agência ligada à organização terrorista Estado Islâmico disse hoje que um dos seus "combatentes" esfaqueou um polícia francês até à morte num subúrbio de Paris, antes de ter sido abatido numa operação policial.

"Um combatente do Estado Islâmico matou um vice-comandante da polícia da cidade de Les Mureaux, assim como a sua mulher com armas brancas perto de Paris", escreveu a agência Amaq.

Alguma imprensa francesa indica, por seu turno, que o homicida se identificou como membro daquele grupo extremista durante a negociação com as forças de elite da polícia.

O homem esfaqueou o polícia até à morte e fez reféns a mulher e o filho da vítima na residência da família, tendo acabado por ser abatido numa operação policial.

O polícia foi assassinado ao chegar a casa na segunda-feira, por volta das 21:00 locais (20:00 de Lisboa).

A polícia encontrou no interior da casa o cadáver de uma mulher e uma criança ilesa.

O Presidente de França, François Hollande, disse num comunicado que vão ser averiguadas as circunstâncias do "drama abominável, cuja investigação, sob a autoridade da justiça, determinará a sua natureza".

O crime ocorreu sob o estado de emergência em vigor em França desde os atentados do Estado Islâmico, a 13 de novembro passado, que causaram 130 mortos em vários ataques simultâneos em Paris e arredores.

FV (ANC) // MP

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