Nova Iorque, 13 jun (Lusa) -- O Empire State Building, em Nova Iorque, manteve as luzes apagadas no domingo à noite em homenagem às vítimas do massacre numa discoteca 'gay' de Orlando, Florida, havendo também vigílias em diversas cidades nos EUA e no estrangeiro.

Como já tinha acontecido em novembro pelos atentados em Paris e em março pelos ataques em Bruxelas, o Empire State Building em Nova Iorque manteve as luzes apagadas.

Já o One World Trade Center ficou iluminado com as cores do arco-íris, símbolo da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexual).

O 'mayor' de Nova Iorque, Bill de Blaiso, anunciou que todas as bandeiras serão hasteadas a meia-haste na maior cidade norte-americana, e que as medidas de segurança serão reforçadas por precaução, nomeadamente juntos aos locais mais importantes para a comunidade LGBT.

Pelo menos 50 pessoas morreram e 53 ficaram feridas quando um homem, identificado como Omar Mateen, entrou numa discoteca 'gay' de Orlando e começou a disparar indiscriminadamente, antes de ser abatido pela polícia.

De Blasio declarou que, apesar de a polícia ter sempre uma "forte presença" durante a semana do Orgulho Gay de Nova Iorque, este ano haverá um reforço de efetivos policiais, na sequência do ataque de Orlando.

A semana do Orgulho Gay de Nova Iorque vai começar no próximo domingo com uma série de acontecimentos culturais e políticos e, seguindo uma tradição começada em 1970, a 26 de junho realiza-se uma marcha pela cidade. Em edições anteriores, milhares de pessoas participaram na marcha.

O desfile percorre a Quinta Avenida, entre a rua 36 e bairro de Greenwich.

Segundo a imprensa norte-americana, esta noite realizaram-se vigílias de homenagem às vítimas em várias cidades, incluindo Nova Iorque e Orlando.

Uma vigília pelas vítimas do massacre foi também realizada junto à Casa Branca, segundo imagens divulgadas pela imprensa.

Segundo a imprensa internacional e norte-americana, decorrem ou decorreram também vigílias noutras cidades fora dos EUA, como Santigado do Chile ou as canadianas Toronto, Otava, Winnipeg e Montreal.

Em Telavive, Israel, o edifício da câmara municipal foi iluminado com a bandeira dos EUA e as cores do arco-íris.

Durante uma conferência de imprensa na tarde de domingo, o governador da Florida, Rick Scott, pediu que fosse observado um minuto de silêncio pelas vítimas do ataque.

Na baixa da cidade de Orlando, uma multidão irrompeu em aplausos no final de uma vigília.

"O amor vai ganhar, todos nós", gritou Henry Ballesteros de Orlando, provocando uma onda de aplausos.

Ballesteros, de 47 anos, disse que ao focar-se no amor e não no ódio ele espera que não seja dada atenção ao atirador que perpetrou os ataques.

"Eu não quero saber o nome dele", disse.

Braden Cowell, de 27 anos, foi à vígilia em Orlando com bandeiras do arco-íris num gesto de desafio contra o terrorismo.

"Se não sairmos à rua e apoiarmos a nossa comunidade, eles vencem", disse.

FV/MP (EJ) // MP

Lusa/fim