EUA rejeitam acusação de Putin de responsabilidade divulgação

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Porto Canal com Lusa

Washington, 08 abr (Lusa) -- Os EUA rejeitaram na quinta-feira a acusação feita pelo Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, de que são os responsáveis pela divulgação dos designados Papéis do Panamá, que relacionam várias personalidades com empresas opacas em paraísos fiscais.

"Recuso a afirmação de que estamos implicados de qualquer maneira na divulgação desses documentos", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, na sua conferência de imprensa diária.

Da mesma forma, o porta-voz adjunto da Casa Branca, Eric Schultz, disse que não sabia em que se podia basear Putin, quando acusou hoje "cargos públicos e órgãos oficiais" dos EUA de estarem por trás das revelações.

"Só posso falar pelo meu Presidente [Barack Obama]. Quando este fala de temas com uma alta carga [política], fá-lo sempre baseado em factos", garantiu Schultz aos jornalistas que viajam com Obama para Chicago, no Estado do Illinois.

Putin classificou na segunda-feira os documentos revelados como um "produto informativo" elaborado por conta do Ocidente, para contrariar a crescente independência política e económica da Federação Russa, algo que, na sua opinião, ficou demonstrado recentemente na Ucrânia e na Síria.

Toner não quis comentar o "conteúdo" das revelações nem as ligações feitas a pessoas próximas de Putin.

Os "Papéis do Panamá" são o resultado da maior investigação jornalística da história e foi divulgada no domingo, pelos membros do ICIJ.

No documento são destacados os nomes de 140 políticos de todo o mundo, entre eles 12 antigos e atuais líderes mundiais.

A investigação resulta de uma fuga de informação e juntou cerca de 11,5 milhões de documentos ligados a quase quatro décadas de atividade da empresa panamiana Mossack Fonseca, especializada na gestão de capitais e de património, com informações sobre mais de 214 mil empresas 'offshore' em mais de 200 países e territórios.

A partir dos "Papéis do Panamá" ('Panama Papers', em inglês), a investigação refere que milhares de empresas foram criadas em 'offshores' e paraísos fiscais para centenas de pessoas administrarem o seu património, incluindo o rei da Arábia Saudita, elementos próximos do Presidente russo Vladimir Putin, o presidente da UEFA, Michel Platini, e a irmã do rei Juan Carlos e tia do rei Felipe VI de Espanha, Pilar de Borbón.

RN // SB

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