Governo brasileiro gostava de ver empresas interessadas na TAP - Embratur
Porto Canal / Agências
Redação, 02 out (Lusa) -- O presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Flávio Dino, reconheceu hoje que o governo brasileiro gostava de ver empresas daquele país interessadas na privatização da TAP e que há tentativas para promover a participação no processo.
"Tentamos que as nossas companhias participem no programa de privatização português, inclusive com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas, antes precisamos de esperar pelo interesse do empresariado brasileiro", disse o presidente da Embratur, instituto sob alçada do Ministério do Turismo.
Numa série de respostas por escrito à Lusa, Flávio Dino explicou que a "TAP é uma grande parceira do Brasil e o governo brasileiro gostaria que uma empresa brasileira se interessasse pela companhia aérea portuguesa, devido à rede ampla de ligações com as principais cidades do Brasil".
O dirigente da Embratur referiu também que vão "apoiar todas as iniciativas que visam a consolidação de voos para o Brasil", estando a trabalhar "para o aumento da competitividade e pelo estímulo da entrada de novas empresas no setor".
"Recentemente, por exemplo, conversámos com o grupo Globália, 'holding' que controla a empresa espanhola Air Europa e que vai iniciar operações em Salvador. Vemos com bons olhos novas empresas que chegam ao Brasil", realçou Flávio Dino.
No mês passado, o secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, disse à Lusa que, "potencialmente", a TAP vale mais hoje do que quando a operação de privatização foi lançada, porque 2013 tem sido um "bom" ano.
Questionado sobre uma data para o relançamento da privatização, o secretário de Estado disse que a intenção do Governo é "retomar muito rapidamente" o processo.
Mas, para que tal aconteça, é necessário ter "um grau de certeza elevado" de que existirão "vários candidatos para a companhia aérea", defendeu.
No anteprojeto das Grandes Opções do Plano (GOP) para 2014, o Governo afirma que o processo de reprivatização da TAP será "relançado brevemente", mas não adianta datas.
A 20 de dezembro de 2012, o Governo anunciou que decidiu recusar a proposta de compra do grupo Synergy para a TAP, o único concorrente à privatização da companhia aérea nacional, por considerar que não tinham sido cumpridos requisitos previstos no caderno de encargos da operação.
TDI (CSJ)// ATR
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