PCP adverte Governo para responsabilidade de "devolver esperança" aos portugueses

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 12 fev (Lusa) - O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, considerou hoje que o Orçamento do Estado para 2016 contém "medidas limitadas" e que "sabem a pouco" e advertiu o Governo para a responsabilidade de "devolver a esperança aos portugueses".

"Estamos perante um Orçamento do Estado com medidas limitadas, a saber a pouco mas, mais e para além da devolução de salários, rendimentos e direitos, este Governo assume uma responsabilidade maior. Estamos a devolver a esperança aos portugueses, é isso que este Governo tem de tentar defender e concretizar", declarou.

No debate quinzenal com o primeiro-ministro, Jerónimo de Sousa criticou o PSD e o CDS-PP por "acompanharem a chantagem e as pressões" de Bruxelas e delas "fazerem eco" e de "exigirem a inflexibilidade de Bruxelas contra os interesses do país".

"Fizeram o mal nestes quatro anos e agora querem fazer a caramunha. Queriam cortes definitivos nos salários e nas reformas acima dos mil euros. E agora falam na classe media, a quem esbulharam direitos, salários e dignidade", acusou.

O secretário-geral comunista defendeu que a realidade mostra a "necessidade de romper" com a "submissão ao euro", afirmando que "sem enfrentar os constrangimentos externos resultantes da dívida pública ou da submissão ao euro, não é possível responder aos problemas estruturais" do país.

Na resposta, o primeiro-ministro, António Costa, considerou que "é difícil compatibilizar as ambições para o país e partilhar regras comuns numa União a 28" e afirmou que o Governo e o PCP têm posições diferentes sobre essa matéria.

"Mas temos uma posição comum que é a necessidade de criar condições para a criação de riqueza, crescimento sustentável, diminuição da pobreza", afirmou, advertindo que o Orçamento do Estado para 2016 "não esgota a política do Governo".

"O nosso orçamento é responsável e não é arriscado, repõe rendimentos e corta onde deve cortar", defendeu.

SF // ZO

Lusa/fim

+ notícias: Política

“Não há condições políticas” para regresso do Serviço Militar Obrigatório, garante ministro da Defesa

O ministro da Defesa Nacional admitiu que “hoje não há condições políticas” para voltar a impor o Serviço Militar Obrigatório (SMO), sugerindo que os jovens que optem pelas Forças Armadas tenham melhores condições de entrada na universidade ou função pública.

"Acabarei por ser inocentado", diz Galamba sobre caso Influencer

O ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse esta sexta-feira que acredita que vai ser inocentado no processo Influencer e discorda que a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, deva prestar esclarecimentos no Parlamento.

25 de Abril. Eanes afirma que PCP tentou estabelecer regime totalitário

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou esta sexta-feira que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.