O Governo continua em negociações com a Comissão Europeia sobre a proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2016. Para dar resposta às exigências de Bruxelas, o executivo vai aumentar impostos sobre a banca, combustível e automóveis.

O OE será entregue na Assembleia da República, esta sexta-feira, altura em que se vai poder ver as mexidas mais profundas resultantes das negociações que estão a decorrer com a Comissão Europeia, que terminam neste mesmo dia, já com o documento nas mãos dos deputados.

O Governo reuniu-se, esta terça-feira, no Parlamento com o arco de governação e apresentou três mudanças no esboço do orçamento que visam dar resposta às exigências impostas por Bruxelas. António Costa terá de reduzir o défice nominal, de 2,6 para 2,4, e o défice estrutural, dos 0,2 inicialmente previstos para 0,4.

Sem nenhuma oposição à Esquerda, o Executivo deverá avançar com o aumento da contribuição do setor bancário, agravamento do imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP) e ainda um acréscimo sobre o imposto sobre veículos (ISV).

O Governo pretende que a proposta do OE vá ao Eurogrupo, no próximo dia 11, já com a aprovação da Comissão. Caso isto não venha acontecer, Costa deverá apostar na cimeira europeia, que decorrerá nos dias 18 e 19, em Bruxelas.