Banif: Banco Popular oferecia 'zero euros' e reduzia 900 trabalhadores - ministro

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Porto Canal com Lusa

O ministro das Finanças, Mário Centeno, revelou hoje no parlamento as ofertas feitas pelo Banco Popular e pelo Santander Totta para a compra da posição do Estado no Banif ainda durante a venda voluntária, com o primeiro a dar zero euros.

"A valorização dessas propostas é complexa", afirmou o governante, vincando a diferença entre a venda voluntária da participação estatal no Banif antes da resolução e o processo de venda no âmbito da intervenção das autoridades no banco.

"A proposta do Banco Santander, tal como apresentada pelo Banif, era a de excluir 3.022 milhões de euros de ativos e oferecer um preço de 150 milhões de euros. Não propunha a devolução de 'CoCos' [a última fatia de instrumentos híbridos de capital subscritos pelo Estado no valor de 125 milhões de euros] e apontava para uma redução de 800 trabalhadores", avançou Centeno.

"Os ativos que o Popular se propunha não comprar ascendiam a 7.725 milhões de euros. O Popular propunha-se comprar apenas uma parte muito reduzida do Banif e pagava zero e reduzia 900 trabalhadores", disse o ministro, perante a insistência dos deputados que o ouviam na Comissão de Orçamento e Finanças.

Mário Centeno vincou que "todos estes números são válidos fora do cenário de resolução".

E acrescentou que os valores apresentados são apenas uma parte das propostas que os dois bancos que integram grupos espanhóis avançaram para adquirir a participação de 60% que o Estado detinha no Banif até à sua resolução.

"As propostas vão ser seguramente do conhecimento da comissão parlamentar", assinalou o titular da pasta das Finanças.

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