Porto, 02 dez (Lusa) -- A estrutura sindical da TAP disse hoje que a denúncia do presidente da Câmara do Porto sobre o fim do longo curso "peca por tardia" e, a confirmar-se, será o "início do esvaziamento da operação" da empresa em Portugal.

"Ouvimos hoje o presidente da Câmara Municipal do Porto denunciar o provável abandono, pela TAP, dos voos de longo curso no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, o que, a confirmar-se, demonstra inequivocamente o início do esvaziamento da operação da TAP em Portugal", referem os sindicalistas em comunicado hoje divulgado.

O documento surge depois da denúncia hoje feita pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, sobre a "intenção" da TAP, recentemente privatizada, de abandonar os voos de longo curso a partir do aeroporto Francisco Sá Carneiro.

A estrutura sindical -- que integra SITAVA, SNPVAC e SINTAC -- recorda que o autarca "pertence ao grupo de apoiantes deste processo de privatização da TAP, e foi sempre um dos seus grandes defensores".

"Esta agora sua opinião peca, apenas, por ter vindo demasiado tarde, mas mais vale tarde do que nunca, apercebe-se agora o presidente da Câmara Municipal do Porto dos malefícios, por nós sempre propalados, deste desastroso negócio para a economia nacional", assinalam os sindicalistas.

E acrescentam: "os apoiantes da reprivatização da empresa, onde se destaca Rui Moreira, que defendiam com total confiança a prestação de um melhor serviço pela TAP na esfera privada, começam a expor, agora, a sua surpresa sobre as decisões repentinas, abruptas e implacáveis dos novos acionistas. Aquela mesma certeza transformou-se em desilusão".

"Não se desfaça o negócio e o presidente da Câmara Municipal do Porto não irá conseguir desfazer-se das suas desilusões. Nem ele, nem as pequenas e médias empresas nacionais, nem o país", alertam.

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